Filme "Ainda Estou Aqui" vai virar minissérie

O escritor Marcelo Rubens Paiva confirmou versão estendida da obra com mais de 3 horas de duração

16 nov 2024 - 22h23
Foto: Divulgação/Sony / Pipoca Moderna

Adaptação para a telinha

O filme "Ainda Estou Aqui", candidato do Brasil ao Oscar 2025, será adaptado para o formato de minissérie pela Globoplay. A nova versão, com duração de 3 horas e 20 minutos, pretende explorar detalhes que ficaram de fora do corte para o cinema.

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A revelação foi feita pelo escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro em que a trama se baseia. "Muitos me perguntaram porque a frase 'Ainda estou aqui' não é falada no filme. Mas a verdade é que ela está na versão estendida", ele apontou em um evento no Sesc 14 Bis, em São Paulo. Na sequência, deu mais detalhes, como a duração da versão estendida.

Histórico da Globo

A iniciativa de transformar filmes em séries não é inédita para a Globo, que já realizou adaptações semelhantes com produções como "Hebe: A Estrela do Brasil" e "Elis", acrescentando cenas inéditas e até abordagem distinta, a ponto de transformar os filmes em novos produtos com títulos diferentes - nos exemplos citados, os longas viraram "Hebe" e "Elis: Viver é Melhor que Sonhar".

Sucesso nos cinemas

A obra de Walter Salles estreou nas salas de cinema brasileiras na última quinta-feira (7/11) alcançou a liderança da bilheteria nos cinemas brasileiros em seu primeiro fim de semana de exibição. Com uma arrecadação de cerca de R$ 8,6 milhões, a produção, que foi premiada no Festival de Cannes, atraiu 358 mil espectadores entre quinta-feira e domingo (10/11), correspondendo a 27% do total de bilheteria do período, segundo dados da consultoria Comscore.

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Essa performance coloca "Ainda Estou Aqui" como a terceira maior estreia nacional de 2024, ficando atrás apenas de "Nosso Lar 2: Os Mensageiros", que somou R$ 12 milhões e 553 mil espectadores, e "Os Farofeiros 2", com R$ 9,1 milhões e 447 mil ingressos vendidos em seus respectivos fins de semana de lançamento.

Vale apontar que o filme enfrentou um "boicote" organizado por perfis bolsonaristas contra a "lulista Fernanda Torres". A trama de denúncia da brutalidade da ditadura militar também não agradou aos defensores da direita brasileira, que se juntaram para supostamente impedir o êxito do filme. Não parece ter dado certo.

Baseado em fatos reais

A adaptação do livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, o filme é ambientado no Rio de Janeiro dos anos 1970 e narra a história real da família Paiva, que teve o pai e marido Rubens levado de sua casa pela ditadura para nunca mais ser visto. Na trama, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, precisa se reinventar após o ocorrido para sustentar e proteger seus cinco filhos, enfrentando os desafios impostos pelo desaparecimento do marido.

A produção marca a terceira colaboração entre Salles e Torres, que já trabalharam juntos em "Terra Estrangeira" (1995) e "O Primeiro Dia" (1998). Além disso, o projeto representa um reencontro de Salles com Montenegro, após a parceria histórica em "Central do Brasil" (1998). Selton Mello completa o elenco central como Rubens Paiva.

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Pipoca Moderna
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