A plataforma de streaming Globoplay anuncia o documentário 'Galvão: Olha O Que Ele Fez', que estreará nesta quinta-feira (18). O nome da produção foi inspirada no lance que ficou eternizado na voz de Galvão Bueno, que carrega no imaginário dos brasileiros as lembranças mais marcantes do esporte nacional nas últimas quatro décadas.
Logo na estreia, os dois primeiros episódios serão disponibilizados aos assinantes da plataforma, enquanto os demais chegarão ao streaming na semana seguinte, dia 25. A série documental resume bem quem é Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno. Em cinco episódios, com direção de Sidney Garambone e Gustavo Gomes, o conteúdo traz intimidades, curiosidades e seus grandes marcos profissionais.
"Eu nunca fui bonzinho. Mas também nunca fui um monstro", pondera Bueno.
Através de narrador, o material conta boa parte do que aconteceu na história do esporte brasileiro nos últimos 40 anos. Para produzir a série, que começou a ser feita ainda no primeiro semestre do ano passado, uma equipe viajou com Galvão para os Estados Unidos, Japão, Catar, e alguns de seus refúgios, como a casa de Londrina, no Paraná, e a Fazenda Candiota, no interior do Rio Grande do Sul.
"Galvão é um dos personagens mais complexos da TV. Há quem o ame. Há quem o odeie. E há quem o ame e o odeie ao mesmo tempo. Ir com ele nos palcos do tetra e do penta foi inesquecível. Pela primeira vez, vi nos olhos dele nostalgia e vontade de não ir embora do Orange Bowl e do Estádio de Yokohama. O documentário descasca a alma e o mito Galvão Bueno. Perfeições e imperfeições. Ira e doçura", afirma o diretor Sidney Garambone.
"O Galvão é um personagem complexo. Ele é um gênio da comunicação, mas também é genioso e capaz de ir às últimas consequências para atingir a qualidade que ele considera diferenciada. A maior curiosidade era entender como o Galvão revolucionou a forma de narrar esportes no Brasil e levou a profissão para um novo patamar. Nosso desafio foi mostrar o personagem por trás da voz, a família e o que ele teve que abrir mão para conquistar o que queria", complementa o diretor Gustavo Gomes.
No documentário, a formação da personalidade, construída por uma educação por vezes mimada, conduzida por várias mãos, e marcada pela ausência paterna, podem ser conferidas no episódio de abertura do filme. A euforia de narrar dois títulos mundiais da seleção brasileira e conquistas especiais de clubes do país norteiam o segundo episódio.
A dor de acompanhar ao vivo a morte de um dos principais ídolos do esporte nacional e, ao mesmo tempo, de um grande amigo, estão no terceiro, que se aprofunda na relação com Ayrton Senna e na paixão do narrador pelo automobilismo, a ponto de ter dois filhos que se tornaram pilotos também. Na quarta parte, o preço da fama. O homem que transformou e mudou o rumo de sua profissão também sofreu com o peso de conviver com o status de estrela. Galvão não teve medo de se expor ao público.
No quinto e último episódio, os bastidores da cobertura da Copa do Mundo de 2022 e a despedida da função de narrador da TV Globo. As qualidades e defeitos dessa forte personalidade são percebidas facilmente. Cada roupa deste personagem icônico da TV brasileira é despida neste documentário.
O filho, o pai e o avô; o sobrinho, o marido, o amigo, o empresário e o torcedor; a fera, o genioso, o crítico e o desafeto.
"Reza a lenda que algumas pessoas têm medo de mim. Eu não consigo entender o porquê", questiona Bueno.
Mais de 50 pessoas foram ouvidas para ajudar a montar o perfil do narrador, além do próprio Galvão Bueno. Companheiros de trabalho que viram de perto a construção deste fenômeno, como Boni, Arnaldo Cezar Coelho, Reginaldo Leme, Casagrande, Falcão, Júnior, Tino Marcos, Mauro Naves, Marcos Uchôa, William Bonner, entre outros.
"Chegar ao sucesso não é tão difícil. O mais difícil é saber conviver com o sucesso", encerra Galvão Bueno.