Condenados em 1996 à prisão perpétua pelo assassinato dos pais, Erik e Lyle Menendez poderão ter sua sentença revisada em 11 de dezembro, data marcada para uma audiência decisiva no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles.
O novo juiz do caso, Michael V. Jesic, avaliará um pedido da defesa para que a acusação de assassinato seja reclassificada como homicídio culposo. Se a mudança for aprovada, ambos podem ser libertos imediatamente, uma vez que já cumpriram três vezes a pena máxima para esse tipo de condenação.
Defesa reforça tese de abusos
Com a participação do advogado Mark Geragos, a defesa argumenta que os irmãos agiram em um contexto de trauma e medo, após anos de abusos cometidos pelo pai, Jose Menendez.
A alegação de abuso sexual, central para a defesa, foi ignorada nos anos 1990, mas ganhou atenção recente com a repercussão da série "Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", de Ryan Murphy e Ian Brennan, na Netflix, que abordou essa perspectiva.
Além disso, os irmãos receberam o apoio do ex-Menudo Roy Rosselló, que também acusa Jose de abuso infantil.
Impacto da série
Ryan Murphy, produtor da série da Netflix, afirmou que a intenção não era necessariamente defender os irmãos, mas sim dar a eles "um momento no tribunal da opinião pública". Em entrevista à Variety, Murphy declarou: "Basicamente, demos a eles uma plataforma… acredito que podem sair da prisão até o Natal."