Seleção rigorosa para o elenco
Durante uma apresentação da Warner Bros. Discovery em Londres, nesta quinta-feira (7/12), a empresa revelou que 32 mil crianças foram testadas para os papéis principais da série de "Harry Potter". A equipe de seleção, comandada pela showrunner Francesca Gardiner ("His Dark Materials") e o diretor Mark Mylod ("Game of Thrones"), está revisando de 500 a 1.000 gravações de testes diariamente, com o compromisso de assistir a todas.
Mylod afirmou que ainda não há definições sobre o elenco, mas workshops serão realizados com os candidatos pré-selecionados em janeiro.
Em ritmo intenso, os escolhidos começam a gravar suas participações na metade de 2025, no estúdio Leavesden, onde foram filmados os longas originais na Inglaterra.
Fidelidade às idades canônicas
Gardiner e Mylod enfatizaram que os personagens seguirão as idades descritas nos livros. Severus Snape, por exemplo, será retratado em seus 30 anos, enquanto James e Lily Potter aparecerão com 21 anos, idade que tinham ao morrer.
O diretor destacou que pretende manter a tradição de escalar atores renomados do teatro britânico para os papéis adultos, enquanto os protagonistas jovens serão todos novatos.
Exploração ampliada de Hogwarts
A série, planejada para ser exibida ao longo de uma década, buscará aprofundar o desenvolvimento dos personagens e expandir a narrativa em Hogwarts. Gardiner revelou entusiasmo ao abordar os arcos de personagens e explorar as histórias dos professores da escola, "sejam eles amados ou temidos".
Mylod comentou que a série não pretende "desfazer o que foi feito brilhantemente" nos filmes, mas evoluir e aprofundar. Sobre os cenários, ele garantiu que o Salão Principal permanecerá intacto, mas novos elementos arquitetônicos serão introduzidos para mostrar mudanças no castelo ao longo do tempo.
Polêmicas envolvendo J.K. Rowling
A série foi oficialmente encomendada pela Max em abril de 2023, com a promessa de um elenco completamente novo e compromisso com a diversidade. No entanto, a produção enfrenta polêmicas devido às declarações recentes de J.K. Rowling sobre identidade de gênero, consideradas transfóbicas. Caso a escritora fosse brasileira, estaria sujeita a indiciamento criminal.
Em defesa de Rowling, Casey Bloys, chefe da HBO, afirmou estar "totalmente confortável" com sua participação como produtora no projeto. Em nota anterior à Variety, a HBO declarou: "J.K. Rowling tem o direito de expressar suas opiniões pessoais. Permaneceremos focados no desenvolvimento da nova série, que só se beneficiará de sua participação."