Se tem uma coisa que Quentin Tarantino adora é dissecar as obras dos cineastas que alimentaram sua própria cinefilia — sejam clássicos absolutos da sétima arte ou produções mais nichadas.
Inclusive, o diretor não tem nenhum problema em tirar de seus pedestais figuras icônicas do cinema, como Stanley Kubrick, cujas obras ele considera muito frias, muito compostas e carentes de humanidade. E suas críticas ferrenhas se estendem também a Alfred Hitchcock.
Em artigo publicado pela revista britânica Far Out, Quentin Tarantino revelou os motivos pelos quais Hitchcock não estava entre seus cineastas favoritos. Principalmente porque acredita que o mestre não consegue impressioná-lo nos últimos atos de seus filmes:
A década de 1950 o deteve, Hitchcock não poderia fazer o que ele, deixado por conta própria, gostaria de fazer. Quando ele conseguiu fazer isso, no final dos anos 60 e início dos anos 70, ele estava um pouco velho demais.
Segundo o diretor de Pulp Fiction - Tempo de Violência, os cineastas que estudaram e se inspiraram em Hitchcock conseguiram superar o cultuado diretor.
"Sempre pensei que os acólitos de Hitchcock levaram suas ideias cinematográficas e narrativas mais longe. Adoro os filmes Hitchcockianos de Brian De Palma. Adoro as meditações Hitchcockianas de Richard Franklin e Curtis Hanson. Prefiro esses ao verdadeiro Hitchcock."
Nem mesmo os clássicos do cineasta receberam a gentileza de Tarantino. "As pessoas descobrem Intriga Internacional e dizem 'acho mar…