Silvero Pereira dá vida a Francisco de Assis Pereira no longa ‘Maníaco do Parque, disponível hoje (18) no Prime Video. Em 1998, Francisco foi condenado a mais de 200 anos de prisão por matar oito mulheres e violentar outras nove.
Assine Amazon Prime e os primeiros 30 dias são pagos pelo Terra
Em entrevista ao Terra, Silvero fala sobre o convite que recebeu do produtor Marcelo Braga para interpretar o criminoso. O longa é baseado na história real que chocou o Brasil e, até hoje, faz parte do imaginário das pessoas.
“Esse convite tirou minha imagem do que o mercado já tinha começado a construir sobre mim. Sou um homem do interior do Ceará, LGBTQIA+, e eram papeis com essas características que se apresentavam a mim. Até brinco que, ao receber o convite do Marcelo Braga, pensei: ‘qual será o recorte LGBTQIA+ da época para me chamarem?’. E foi quando ele disse: ‘Nós queremos que você seja o Maníaco’”, conta o ator.
“Foi a primeira vez que uma produtora me olhava no lugar de um protagonista que não era nordestino nem LGBTQIA+. Seria uma grande oportunidade de mostrar a faceta do meu trabalho, e isso só se potencializou por causa da produção.” - Silvero Pereira.
Ainda segundo o ator, foram dois meses de pesquisa e de treinamento, baseados em diálogo, teoria e muita prática.
Brechas da realidade ajudam a ficção
O filme, baseado em fatos, aproveita as brechas que a história real deixa. Essas brechas, de acordo com Silvero Pereira, foram aproveitadas pela direção do filme, acoplando ao roteiro a história da personagem Helena (Giovanna Grigio).
Ela também falou ao Terra, e explicou a importância da personagem, uma jornalista jovem dedicada a desvendar a história do Maníaco do Parque. Giovanna costumava dar vida a personagens adolescentes em tramas engraçadinhas. “Para mim, assim como para o Silvero, foi importante um papel como esse para poder sair da zona de conforto”, diz.
“A história inteira tem a ver com machismo. Nós, mulheres, quando assistimos a esse filme, entendemos muito bem o que significa. Não somos respeitadas nem ouvidas. Isso se costura também com a história das vítimas, porque no fim das contas é sobre isso: um homem decide terminar com a vida delas. E eu me identifico com elas. Poderia ser comigo.” - Giovanna Grigio.
Silvero ressalta que essas brechas na realidade foram importantes para que ele construísse também a imagem do Francisco para além do criminoso.
“Construir as três camadas do Francisco (o filho, o patinador e o maníaco) mostra como ele seduzia as vítimas. Não é para romantizá-lo, mas para entender que qualquer uma poderia cair naquele papo”, afirma.
“A gente está falando de violência, mas por mais que o Francisco tenha chegado às vias de fato, não significa que a violência verbal e comportamental no ambiente de trabalho seja menor que uma violência física. Esse filme mostra a realidade de uma sociedade machista, patriarcal, em que algumas pessoas se desviam e vão para situações agravantes” - Silvero Pereira.
-vf3pmek11yk5.jpg)
7 true crimes recentes para ver no streaming em 2024
“Maníaco do Parque” está disponível no Prime Video.
-qeeyfiiktso2.png)
