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Ex-Paquita dá calote em cliente, é condenada e parcela multa em 30 vezes alegando 'falta de recursos'

Andréa Sorvetão dá calote em contratante e parcela condenação em 30 vezes. O processo judicial contra a ex-Paquita foi resolvido mais de sete anos depois

12 nov 2024 - 15h18
(atualizado às 15h23)
Andréa Sorvetão é alvo de processo judicial após dar calote em contratante
Andréa Sorvetão é alvo de processo judicial após dar calote em contratante
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

Há mais de sete anos, Andréa Sorvetão deu um calote em uma contratante de sua antiga casa de festas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e está pagando caro pelo erro. Uma mulher firmou um acordo para realizar no espaço de eventos o aniversário de um ano de seu filho e pagou uma parte antecipadamente, mas ao chegar próximo da data, a cliente resolveu dar uma "passada" na frente do estabelecimento e viu que o lugar estava destruído. Ao buscar detalhes, descobriu que a casa de festas havia encerrado suas atividades. A ex-Paquita não deu explicações para a cliente e foi acionada na Justiça e condenada. O problema? A situação ficou tão ruim para a ex-amiga de Xuxa que ela foi obrigada a pagar 10 vezes mais o que o valor recebido pela festa de aniversário, e ainda precisou parcelar a quantia por não ter dinheiro para ressarcir a vítima. A seguir, esta modesta coluna te conta todos os detalhes.

Na última segunda-feira (12), uma das vítimas do calote de Andréa Sorvetão usou suas redes sociais para relembrar a situação. A moça não mencionou o nome da ex-ajudante de Xuxa Meneghel, mas tivemos acesso ao processo judicial onde é possível entender todos os desdobramentos da confusão.

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"Levei um calote de uma Paquita da Xuxa... Pega a pipoca que tem fofoca! Uma paquita e seu marido, que se dizem politicamente corretos e cristãos, tinham uma casa de festas na Barra da Tijuca e eu fui contratar o estabelecimento para fazer a festa de 1 ano do meu filho. Beleza. Paguei 50% do valor quando ele tinha 2 meses e o restante eu iria acertar faltando 30 dias para o evento. Eu também trabalhava na Barra quando um dia, do nada, uma voz na minha cabeça me pediu para dar uma incerta no local. Quando cheguei lá, estavam desmontando o espaço e até achei que era obra, etc e perguntei para o pessoal o que estava acontecendo ali e me informaram que a casa havia encerrado as atividades.

Oi? Como? A partir daí, parceiro, foi só ladeira abaixo!", explicou.

"Para resumir: os bandidos tentaram de todas as formas se esquivar, nunca retornaram ou deram satisfação para nenhum cliente lesado. Graças à Deus peguei um advogado brabo que conseguiu intimá-los por edital e julgá-los à revelia. Demorou 7 anos. A filha (que casou recentemente num baita festão divulgado na imprensa), recebeu os bens, mas sobrou a casa deles no RJ (lugar que não moram mais porque, né, geral lesado descobriu o endereço). Enfim, a justiça pediu penhora do imóvel e uma advogada apareceu pedindo um acordo de parcelamento. Fui lesada em 3.000 e recebi R$ 30.000, mas a pobre Paquita pediu para parcelar em 30x. Melhor que nada. Já recebi 10 parcelas... Meu filho hj tem 8 anos. Que xou da xuxa é esse?", questionou. 

O QUE DIZ NO PROCESSO JUDICIAL?

Em 2017, quando faltavam apenas três meses para o aniversário de seu filho, a contratante foi surpreendida com a informação de que o salão de festas simplesmente não existia mais. O evento seria realizado no dia 29 de julho de 2017, para 150 convidados, no valor total de R$ 4.990,00, mas ela enviou um "sinal" de R$ 2.500,00 logo após firmarem o contrato. Ou seja, os outros 50% seriam enviados para Andréa Sorvetão somente próximo ao evento.

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Vale lembrar que esse valor foi enviado somente para o estabelecimento e a contratante ainda arcou com os gastos dos demais fornecedores. Na mesma época, ela foi surpreendida com publicações de clientes, relatando problemas em suas festas, como falta de luz, comida, ar condicionado e superlotação.

Buscando entender melhor a situação com a própria dona, Andréa Sorvetão a tranquilizou, dizendo que haviam passado por uma reforma na parte elétrica e que esses imprevistos não voltariam a acontecer, e "afirmou que tal desconforto experimentado por outros clientes se deu pelo fato dos mesmos levarem mais pessoas do que a casa suportava, sendo certo que o espaço possuía mesas e cadeiras para100 pessoas".

E foi aí que a contratante percebeu que foi alvo de uma grande emboscada. Se o local comporta somente 100 pessoas, como Andréa Sorvetão permitiu que ela firmasse um contrato para 150 convidados? Ao tentar entrar em contato com a ex-Paquita, a moça começou a ficar cada vez mais frustrada com a falta de retorno. Após inúmeras tentativas, ambas concordaram em realizar uma reunião no dia 05 de abril no estabelecimento, mas ao chegar lá, a cliente não a encontrou. 

Uma semana depois, a contratante decidiu retornar no lugar após enviar uma série de e-mails para a gerência. Ao voltar para o local, o salão de festas estava fechado e ela foi sinalizada que eles de fato encerraram as atividades ao ver um caminhão retirando os brinquedos do estabelecimento. O processo judicial detalha cada um dos momentos, inclusive quando o segurança que atuava no espaço de eventos confirmou que "residia no local e não sabia para onde ir". 

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Além de sua frustração com o fim do aniversário de seu filho, a contratante ainda lutou para conseguir um retorno de Andréa Sorvetão ou de seus sócios. Ciente dos comentários, a ex-Paquita tirou o site e seu perfil comercial do ar e "não fez mais qualquer tipo de atendimento telefônico, ainda que fosse para tentar negociar a devolução dos valores pagos pelos seus clientes".

Após inúmeras tentativas, a moça buscou ajuda de um advogado para entrar com um processo judicial contra a ex-Paquita. Resultado? Além de pedir o valor enviado a ela, a contratante ainda pediu R$ 10 mil em indenização por danos morais. Com a notícia inesperada, a contratante precisou arcar com mais R$ R$ 5.650,00 para contratar outra casa de festas. Ou seja, ela não pediu somente o retorno do valor desembolsado na empresa de Andréa Sorvetão, mas a diferença que precisou enviar para a nova contratação.

Por isso, a moça solicitou a condenação da empresa de Andréa Sorvetão no valor de R$ 3.160,00, totalizando a causa de R$ 13.160,00. No processo judicial, a contratante ainda colocou uma série de mensagens e comentários nas redes sociais de pessoas que também foram lesadas pela ex-Paquita. Como dito anteriormente, a ação foi protocolada em 2017 e com o passar dos anos os juros monetários beneficiaram ainda mais a vítima.

Somente de danos materiais, Andréa Sorvetão precisou arcar com R$ 5.294,98, além de R$ 16.756,25 de danos morais. Com honorários advocatícios, multas e valor penhorado, a ex-Paquita foi condenada em R$ 27.953,18, mais de 10 vezes do valor depositado pela contratante há sete anos.

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Ciente do valor altíssimo, e mesmo esbanjando uma vida de luxo nas redes sociais, a ex-assistente de palco solicitou um parcelamento ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Conclusão? Ela parcelou a dívida em 30 vezes e até o momento realizou o pagamento de apenas um terço delas. Oito anos após o aniversário de um ano de seu filho, a moça conseguiu reaver financeiramente muito mais do que perdeu com a frustração.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e apaixonada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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