Jogadores “espancam” feministas em Red Dead Redemption 2

A liberdade de ação promovida no game tem causado um efeito colateral que ninguém estava esperando...

5 nov 2018 - 18h04
(atualizado às 18h04)

O primeiro mundo aberto de Red Dead Redemption, de 2010, teve um resultado tão primoroso que particularmente eu o considero um dos cinco melhores games de todos os tempos. Red Dead Redemption 2, lançado no fim de outubro último, mantém a imensidão e os caprichadíssimos detalhes do mundo aberto do Velho Oeste, e consegue trazer ainda mais liberdade de ação. Mas isso às vezes pode despertar o pior das pessoas.

Você pode pegar crocodilos no jogo. Ou pode fazer outras coisas...
Você pode pegar crocodilos no jogo. Ou pode fazer outras coisas...
Foto: Rockstar / Divulgação

Você pode roubar, espancar e até matar ― inclusive as testemunhas de um crime. Isso é um gameplay típico da Rockstar, que já o utiliza com enorme sucesso na série GTA. Lógico que tais ações afetam negativamente no seu personagem, que passa a ser procurado, caçado, não tem vida fácil em nenhuma localidade do mapa. Mas alguns jogadores ao redor do mundo estão usando essa liberdade de ação para espancar feministas.

Na região de Saint Denis (cidade industrial do jogo), por exemplo, as sufragistas podem ser encontradas em alguns locais, como praças da cidade, sempre ao lado de cartazes pedindo o direito de voto feminino. E é aí que alguns jogadores estão fazendo isso aqui ― veja na altura de 1:00 do vídeo:

Mas os ataques não param por aí: alguns pegam as feministas, amarram-nas, colocam nos trilhos do trem ou as jogam para os crocodilos.

Antes de mais nada, que fique bem claro: o game não tem culpa da ação das pessoas, a Rockstar não tem culpa por fazer um jogo espetacular que dá total liberdade de ação. O problema não está no jogo, mas na cabeça das pessoas. Para uns, é apenas “diversão” e, assim como atacam feministas, atacam também qualquer pessoa que esteja pelo caminho. Para outros, é a manifestação de um ódio que deveria ser censurado pela Rockstar.

E você, o que acha?

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