No final de 1989, Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil nas primeiras eleições diretas desde o fim da ditadura militar. Do outro lado do mundo, Antonio Inoki, um dos japoneses mais famosos do mundo, foi eleito senador. Curiosamente, ambos se encontraram logo em seguida.
O inusitado encontro ocorreu em 1990, durante visita de Collor ao Japão. Inoki atraiu todos os holofotes ao Hotel Imperial de Tóquio, local do encontro, no dia 30 de janeiro de 1990. Antes, Inoki e Collor já tinham se encontrado na Associação Japonesa de Karate, em que o então presidente eleito mostrou suas “habilidades” marciais. Para deixar tudo ainda mais bizarro, Tetsuma Hagashina, cunhado de Inoki e um dos membros da academia, foi professor de karate de Collor em Brasília. E, para completar, Collor não foi o primeiro presidente brasileiro que Inoki teve contato: em visita ao Japão, o então presidente João Figueiredo foi até a loja do multicampeão e conheceu o astro.
A história de Inoki com o Brasil vem de muito longe, já que morou em Marília, município de São Paulo, de 1957 a 1960. Ele chegou ao Brasil com 14 anos e trabalhou em um cafezal. Originalmente Kanji, ganhou a alcunha de Antonio no Brasil. Foi durante uma turnê brasileira de Rikidozan, maior expoente da história da luta-livre japonesa, que o jovem Inoki se familiarizou com a modalidade e voltou ao Japão para ser um astro a convite do próprio Rikidozan.
Nos anos 1970, criou a NJPW (New Japan Pro-Wrestling), e ficou mundialmente conhecido ao enfrentar Muhammad Ali no primeiro combate de MMA da história. Lamentavelmente, a luta foi horrível, já que cada um dos oponentes lutou com uma regra específica, e Inoki ficou no chão o tempo todo.
Levando o mundo da luta-livre para outros públicos, o astro teve papel de destaque na série Astekaizer, de 1976, produzida pela Tsuburaya Productions, a mesma de Ultraman. Hoje com 76 anos de idade, Antonio Inoki continua como o grande expoente da luta-livre e um dos maiores lutadores de todos os tempos.
Já Fernando Collor teve outros encontros bizarros e inusitados durante sua trajetória como presidente. Ambos foram em 1991. Um dos encontros foi com Gabriela Rivero, a professora Helena do sucesso mexicano Carossel. Gabriela Rivero, inclusive, desceu a rampa do Palácio do Planalto com o presidente.
O outro encontro foi com as Tartarugas Ninja, mas infelizmente Collor não mostrou suas habilidades de carateca junto com os mutantes. Sorte do Mestre Splinter.
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