Rogelio “Roger” Nores, amigo argentino de Liam Payne, falou pela primeira vez com a imprensa e se defendeu das acusações feitas pela Justiça, incluindo o crime de "abandono de pessoa" seguido de morte e fornecimento de entorpecentes, após o falecimento do ex-integrante do One Direction. Payne, de 31 anos, morreu em 16 de outubro após cair da varanda do hotel onde estava hospedado, em Buenos Aires.
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Em uma entrevista exclusiva ao jornal britânico Daily Mail, Nores, empresário de 38 anos, negou as acusações e detalhou os últimos momentos que passou com o cantor. “No dia 17 de outubro, prestei depoimento ao promotor como testemunha e, desde então, não voltei a falar com nenhum policial ou promotor”, afirmou, em relação à investigação que envolve a morte do artista.
Nores também se defendeu da acusação de abandono, que surgiu devido à situação perigosa em que Payne se encontrava. “Nunca abandonei Liam. Fui ao hotel dele três vezes naquele dia e saí 40 minutos antes de tudo acontecer”, disse Nores, refutando qualquer envolvimento na fatalidade.
O empresário também afirmou que Payne estava rodeado de pessoas no hotel no momento em que ele se retirou. “Havia mais de 15 pessoas no saguão do hotel conversando e brincando com ele quando fui embora”, completou. “Nunca imaginei que algo assim aconteceria”, lamentou.
Em sua entrevista, Nores também esclareceu a natureza do vínculo que mantinha com o cantor. “Eu não era o empresário de Liam, ele era apenas um amigo muito querido. Estou realmente desolado por essa tragédia e sinto falta do meu amigo todos os dias”, disse.
Horas após a publicação da entrevista, a Procuradoria Nacional argentina formalizou a acusação contra Nores, incluindo-o como autor do crime de abandono de pessoa seguido de morte, em concurso ideal com fornecimento de entorpecentes. Outros dois homens, Ezequiel Pereyra, funcionário de manutenção do hotel Casa Sur, e Braian Paiz, foram indiciados por fornecerem entorpecentes ao cantor.
De acordo com o jornal argentino La Nacion, a autópsia realizada no corpo de Payne revelou que o cantor havia consumido cocaína, álcool e um antidepressivo prescrito antes de sua morte. A Procuradoria Geral da Argentina comunicou que, com base nas análises toxicológicas completas de urina, sangue e humor vítreo, Payne apresentava sinais claros de um consumo misto de substâncias nas últimas 72 horas de sua vida.
Tanto Nores quanto os outros dois acusados estão proibidos de deixar o país enquanto aguardam o andamento do processo. A juíza responsável pela investigação deve definir as datas dos interrogatórios dos envolvidos, que seguem sob apuração.