Na tradição cristã, o juramento “até que morte nos separe” faz parte da cerimônia de casamento. Mas parte relevante dos casais rompe a promessa.
Em 2022, foram 68 mil divórcios nos cartórios. Multiplique pelo número de uniões nunca oficializadas que chegam ao fim.
Melhor acabar do que manter um casamento ‘morto’ por mero interesse (dependência financeira, status social, dogma religioso, medo da solidão etc.).
A separação de Sandy e Lucas Lima corrobora a teoria de que duas pessoas devem ficar juntas apenas enquanto estão felizes.
A partir da constatação de uma infelicidade prolongada de um ou ambos, e da convicção da irreversibilidade, o melhor a fazer é encerrar a história de maneira civilizada.
No caso da cantora e do músico, foram 15 anos sob o mesmo teto, acima da duração média dos casamentos no país (13 anos).
Sandy se divorcia exatamente com a idade média – 40 anos – das brasileiras que terminam o matrimônio. Ainda jovem para viver outras histórias.
Está cada vez menos crível o conceito de amor eterno. Ninguém merece ser refém da obrigação de ficar com alguém se não há mais sentimento, atração física, afinidades, objetivos em comum.
Fátima Bernardes e William Bonner são outro exemplo positivo. Eram vistos como casal perfeito. Ao anunciar a separação depois de 26 anos, provocaram um choque de realidade em muitas pessoas. Hoje, estão radiantes com novos parceiros.
Famoso ou anônimo, o casal nem sempre tem o final feliz das novelas. Tão importante quanto a certeza da vontade de se unir é a capacidade de identificar a hora de cada um seguir outro rumo. Dói, porém, liberta.
Acima do amor romântico existe o amor-próprio. Às vezes, estar sozinho possibilita reencontrar a felicidade. Gostar de si é imprescindível a quem deseja gostar de outra pessoa.
A atual onda de rompimentos entre celebridades produz desilusão na parcela influenciável do público. Contudo, trata-se apenas do reflexo da sociedade.