A atriz Angelina Jolie deu mais um passo em sua campanha pelas mulheres em situação vulnerável. Ela abriu na última terça-feira (10), um centro pioneiro de estudos sobre estupros na London School of Economics, na Inglaterra. A iniciativa é o primeiro projeto acadêmico na Europa que vai se dedicar exclusivamente a estudar maneiras de combater a violência sexual sofrida por mulheres em zonas de guerra. Os dados são da edição inglesa da revista Vogue.
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"Se você me perguntar para quem este centro é, respondo que não é para ninguém neste sala. Mas para a menina que conheci no Iraque há três semanas. Ela tem 13 anos e, em vez de ir à escola, está sentada no chão de uma tenda improvisada. Ela provavelmente nunca voltará para uma sala de aula e não poderá se casar e ter uma família porque na sociedade em que vive, vítimas de estupro são evitadas e consideradas uma vergonha", disse a atriz em discurso emocionado na abertura do centro.
A estrela de Hollywood - que é casada com o galã Brad Pitt e tem seis filhos, dos quais três são adotivos - falou ainda que a violência contra a mulher em zonas de guerra e refugiados vem ficando de lado ao longo da história e que é preciso ação por parte de governos e sociedade para erradicar um problema tão cruel. "Precisamos superar esse sentimento que o estupro é um problema sem solução e que nunca poderemos mudá-lo", completou.
O centro de estudos vai reunir pensadores, ativistas, pesquisadores, políticos e acadêmicos para trabalhar pela prisão dos estupradores e reinserção social das vítimas. "Empoderar a mulher será nossa maior prioridade", disse Jolie. O projeto ficará baseado no Institute of Global Affairs da universidade londrina e fará parte dos estudos de um Mestrado em "Mulheres, Paz e Segurança", que será ministrado a partir de 2016.