Idolatrada e demonizada nas redes sociais, Anitta foi alvo de uma fake news que se espalhou rapidamente: ela teria testado positivo para o HIV e a recente internação para tratar uma endometriose seria, na verdade, para iniciar o combate ao vírus da aids.
Questionada por um fã no Twitter, a funkeira respondeu. “Eu tô nem aí. Ter HIV não é xingamento. Se eu for processar cada uma das fake news que tão inventando pra mim desde que me posicionei politicamente vou acabar com meu dinheiro só pagando advogado”, postou na noite de terça-feira (2).
A vida sexual de Anitta gera comentários nas redes sociais e na imprensa por ela ser assumidamente bissexual e ter vários parceiros sexuais quando está solteira.
A cantora faz questão de reafirmar sua postura liberal em relação ao prazer, algo inaceitável a conservadores, machistas e militantes contrários ao seu pensamento progressista.
Outra que já foi vítima de fofoca de ser portadora do HIV — e também como reação dos inimigos a seu apoio político — é Cláudia Raia. No início da década de 1990, ela apoiava Fernando Collor.
A proximidade gerou o rumor de que era amante do então presidente. Quando ele perdeu muitos quilos em pouco tempo, surgiu o boato que estava doente. Era uma época em que vários famosos adoeceram e morreram de aids.
Associada a Collor, Raia também se tornou alvo da fofoca e do preconceito. A carreira bem-sucedida começou a ruir. As apresentações de um espetáculo ficaram com plateia vazia.
A atriz se viu obrigada a fazer um teste de HIV e exibir o resultado negativo em uma coletiva de imprensa. A foto foi capa de revista. “Paguei caro, muito caro. Paguei o preço por uma escolha errada”, disse tempos depois.
Com medo da discriminação e de perder trabalhos, a maioria dos artistas soropositivos prefere manter sua condição em sigilo, assim como a maior parte dos cidadãos anônimos que contraíram o vírus.
Importante ressaltar que há métodos de prevenção, entre os quais o uso de preservativo e a PreP, medicamento que bloqueia a infecção. A pessoa soropositiva que faz o tratamento regular se torna indetectável e não transmite o vírus.