Entre as mulheres que amou, Jô Soares teve Claudia Raia. Se conheceram quando ela era uma bailarina anônima de 17 anos, nem sonhava trabalhar na televisão.
Encantado por aquele mulherão de 1,80m, o humorista decidiu incentivá-la a ser atriz. A primeira atitude foi rebatizá-la. Maria Claudia Motta Raia virou Claudia Raia.
Jô criou para a jovem namorada um quadro em seu programa, o ‘Viva o Gordo’. Numa academia de ginástica, ele era Ciça, a gorduchinha que se achava mais em forma e sexy do que a magérrima Carola, papel de Raia.
O sucesso do esquete trouxe fama para a estreante. Foi depois desse primeiro trabalho no humorístico da Globo que recebeu o convite para interpretar Ninon na novela ‘Roque Santeiro’.
Na época, a sociedade e até a classe artística não acreditavam no amor do casal. ‘Como uma garota com jeito de top model pode estar apaixonada por um homem gordo 30 anos mais velho?’ Indiferentes à maledicência, foram felizes juntos.
Além de ser o grande incentivador da carreira, Jô também salvou Claudia de um grave risco à saúde. Percebeu uma pinta estranha no joelho dela e marcou uma consulta com um dermatologista.
A atriz quase entrou em choque com o diagnóstico: melanoma maligno, um tipo de câncer de pele que pode ser fatal se não tratado a tempo. Imediatamente ela foi submetida ao procedimento para extirpar a lesão.
O relacionamento durou 2 anos. A amizade seguiu pela vida. Toda vez que Raia ia ao ‘Programa do Jô’, os dois demonstravam carinho e admiração mútuos. Um grude só.
“Claudia Raia não existiria sem Jô”, afirmou a atriz. “Sempre disse a ele o quanto o amava, o quanto ele era e continuará sendo importante para mim, na minha trajetória.”