Rita Cadillac, conhecida como uma das mais marcantes chacretes do programa do Chacrinha, trouxe à tona histórias inéditas sobre os bastidores da atração em entrevista ao canal da Lisa Gomes, no YouTube. Entre lembranças e revelações, a dançarina destacou o controle rigoroso do apresentador e de sua equipe sobre a vida das profissionais. "Chacrinha cuidava da gente a ponto de ninguém poder se aproximar, nem mesmo familiares", afirmou Rita, relembrando como as dançarinas eram protegidas ao extremo.
CUIDADO COM AS CHACRETES
Um episódio em Porto Alegre marcou a memória de Rita. Durante uma apresentação, seu filho Carlos César, na época com apenas 8 anos, foi impedido de subir até seu quarto de hotel. "Tive que descer para encontrá-lo porque, segundo eles, poderiam inventar histórias. Até crianças estavam incluídas nesse cuidado excessivo", comentou. A dançarina classificou a situação como exagerada, mas reconheceu que a intenção era proteger a imagem das chacretes.
Sobre a dinâmica do programa, Rita desmentiu ser a favorita ou ter maior destaque entre as colegas. "Todos pensam isso, mas éramos tratadas de forma igual. O problema era que eu sempre batia de frente, e isso gerava conflitos, especialmente porque não podíamos nos envolver com pessoas da televisão, algo que infringi algumas vezes", confessou, mencionando um relacionamento com um diretor do programa que resultou em represálias.
CELULARI
Outro ponto alto da entrevista foi a lembrança de quando desafiou as regras para atuar no filme Asa Branca: Um Sonho Brasileiro (1981), ao lado de Edson Celulari. Segundo Rita, Chacrinha e Leleco se opuseram ao projeto. "Fiz o filme sem permissão. Eles disseram que eu não podia, mas já estava tudo feito. Era assim que eu funcionava", revelou, divertindo-se com a lembrança.
Quando questionada sobre possíveis envolvimentos com o ator, que estava no início da carreira, a ex-chacrete foi categórica: "Edson era muito jovem e eu sempre soube separar as coisas. Vi ele começar e foi só isso."