Passava de 22h30 de terça-feira (24). Em uma das saídas do metrô Bresser, na zona leste de São Paulo, um jovem de terno e gravata, e usando boné branco, abordava usuários para entregar ‘santinhos’ de campanha eleitoral. Era Dudu Camargo.
Algumas pessoas o reconheceram e pediram para tirar selfie. A maioria passou direto, cansada de mais um dia de trabalho duro. O apresentador faz corpo a corpo na tentativa de se eleger vereador pelo partido Republicanos na maior cidade do país.
Para se aventurar na política, ele deixou em junho a TV Meio Norte, sediada em Teresina, no Piauí, onde comandava o telejornal diário ‘40 Graus’, focado no noticiário policial. Ficou apenas 7 meses na emissora. Na época, surgiu o boato de que negociava entrar em ‘A Fazenda 16’, da Record, mas o retorno à capital paulista era para iniciar o projeto político.
Aos 26 anos, Dudu tenta nova projeção nacional após o revés sofrido no SBT em junho do ano passado. O comunicador foi dispensado após 7 anos no canal. Até então, era considerado intocável por ser protegido pelo dono da empresa, Silvio Santos. Vice-presidente, Daniela Beyruti recebeu carta-branca para fazer mudanças e optou por demitir o jovem apresentador do ‘Primeiro Impacto’.
Em entrevista ao programa ‘Fala Que Eu Te Escuto’, dos bispos da Record, Dudu Camargo se disse perseguido na emissora. “Foi um trabalho construído desde o momento em que eu estreei naquela televisão”, afirmou.
“(Silvio Santos) me defendeu enquanto ele pôde, enquanto teve voz ativa naquela empresa. (A demissão) foi justamente na troca de comando. O gato sai, o rato faz a festa”. A direção do SBT preferiu não repercutir a polêmica.
Em 17 de agosto, assim que houve o comunicado da morte de Silvio Santos, Dudu se dirigiu para a frente do Hospital Albert Einstein. Concedeu entrevistas a TVs e portais. “Tenho enorme gratidão. Ele foi um pai não só por me dar oportunidade, mas também por me apoiar e defender”, disse.