Atleta faz história ao ser 1ª trans a disputar Olimpíada

Mesmo sem conquistar um lugar no pódio, certamente a neozelandesa terá o nome marcado no evento esportivo

2 ago 2021 - 17h49
(atualizado às 18h40)

Mesmo sem conquistar a tão sonhada medalha olímpica, aos 43 anos, a neozelandesa Laurel Hubbard, fez história nos Jogos de Tóquio ao ser a primeira atleta transgênero na disputa.

No levantamento de peso, a neozelandesa não concluiu a prova em três tentativas.
No levantamento de peso, a neozelandesa não concluiu a prova em três tentativas.
Foto: Twitter/Reprodução / Famosos e Celebridades

Na manhã desta segunda-feira (2), na final da categoria acima dos 87kg, Hubbard não concluiu nenhuma das tentativas de levantamento de peso e assim não se classificou para a última etapa da competição. 

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A trajetória de Hubbard 

Sob o nome de Gavin, de acordo com as informações da Revista Veja, ela competiu como homem, até os 30 anos e, em 2013, com 35 anos, fez a sua transição de gênero. Além da alegria em se reconhecer, os bons resultados começaram a aparecer em 2017 ao conquistar o vice-campeonato mundial. No entanto, sofreu com diversas lesões. 

Para os Jogos de Tóquio, a atleta precisou se enquadrar ao regulamento estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) que exige que cada mulher deverá apresentar níveis de testosterona abaixo de 10 nanomoles por litro por, no mínimo, 1 ano antes da disputa. 

Em entrevista antes da competição, o diretor médico e científico da COI, Richard Budgett, disse que ela é mulher e estava competindo sob as regras de sua federação e que era importante prestar uma homenagem, especialmente por sua coragem e tenacidade em competir e se classificar para Tóquio. 

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A justificativa não convenceu os adversários, mas ela negou que levasse alguma vantagem. "Eu dos equívocos que falam é que treinei toda minha vida, e essa transição aconteceu tarde. O que as pessoas não percebem é que parei de lavantar peso em 2001, quando tinha 23 anos", disse ao Daily Mail. 

"O mundo mudou. Sinto que agora estou em um lugar onde posso treinar e competir. E lidar com tudo isso: a pressão de um mundo que não foi realmente feito para pessoas como eu", finalizou. 

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