A fama não faz a cabeça de todo mundo. Alexandra Marzo é a prova disso. A atriz abandonou a teledramaturgia ao fim de ‘Suave Veneno’, folhetim das 21h exibido em 1999 e agora disponível no Globoplay.
Na época, ela tinha 30 anos. Vinha de personagens populares, como a Carola de ‘Mulheres de Areia’, a Silvia de ‘O Salvador da Pátria’ e a Betty de ‘Fera Radical’. Havia um futuro promissor na carreira.
Filha de Betty Faria e Cláudio Marzo, Alexandra cresceu nos bastidores da TV. De um lado, era natural ceder à inspiração artística que tinha em casa. Do outro, sofria a cobrança feita a todo parente próximo de um astro ou estrela da televisão.
Em entrevistas, ela disse que se desinteressou pela atuação diante das câmeras. Tomou outro rumo: passou a estudar roteiro e pesquisar assuntos variados. Desenvolveu interesse por astrologia e autoconhecimento. Deixou de consumir carne a abdicou do álcool.
À ‘Época’, em 2016, Alexandra Marzo afirmou não ter vocação para ser atriz. A desconfiança se confirmou com a passagem dos anos longe dos estúdios. “Não tive saudades de interpretar. Esse foi o sinal de que não precisava disso para ser feliz.”
Ressurgiu na mídia em matérias sobre a relação difícil com a mãe, a quem chamou de “sociopata” e acusou de ser influência negativa para sua filha. Nas redes sociais, indica livros, aborda espiritualidade e compartilha momentos de viagens. Sempre com discrição.
Assim como Alexandra, outras famosas deixaram a Globo e nunca mais voltaram. O exemplo mais citado é o de Lídia Brondi, que se tornou psicóloga e terapeuta. Para alguns artistas, o sucesso e o status oferecidos pela TV não compensam a perda da privacidade, a pressão para estar sempre em evidência e o risco à saúde mental.