Na noite de quinta-feira (26), um amigo da coluna jantou no Gero, em Ipanema, no Rio. Na mesa ao lado estava a atriz Paula Burlamaqui, acompanhada de seu namorado, o empresário, engenheiro e colecionador de arte Luís Paulo Montenegro.
Sem querer, nossa fonte ouviu a artista reclamar do valor de seu plano de saúde. Uma crítica pertinente e comum entre usuários que entram na faixa dos 50 anos e são ‘punidos’ com reajustes injustificáveis.
Paula está com 57 anos. Recentemente, declarações dela a respeito do envelhecimento viralizaram nas redes sociais e geraram manchetes na imprensa.
“Não estou achando legal envelhecer. Estou sofrendo. Não tem outro jeito, obviamente. O outro jeito é a morte e quero viver muitos anos”, disse no programa ‘Santa Ignorância’, de Gabriela Prioli, no GNT.
“Mas não é só isso. É questão da saúde. Sinto meu corpo decadente. Morro de saudade do colágeno. Também não durmo tão bem como dormia antes. Tenho dormido pouco. Não me recupero bem. Tudo está muito difícil.”
Vista no ano passado na novela ‘Elas por Elas’, a atriz se submeteu em agosto a uma cirurgia para colocação de prótese no quadril direito para corrigir uma artrose avançada, segundo relatou ao jornal ‘O Globo’. A recuperação impôs limitações de movimentos e muita dor.
Ainda na entrevista no GNT, Burlamaqui verbalizou um medo frequente – pouco assumido em público pelas pessoas em geral por receio das reações sociais – sentido por quem não teve filho e começa a sofrer os efeitos do envelhecimento.
“Eu fico apavorada. Fico pensando: quem é que vai cuidar de mim? Se eu tiver uma demência? Alguma incapacidade, quem vai cuidar de mim? Fico aterrorizada. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria um filho só para garantir um bem-estar na minha velhice.”
Nos últimos tempos, parte da mídia promove perigosa romantização do envelhecimento. Muitos famosos vendem um conceito fantasioso sobre a proximidade da velhice para valorizar a própria imagem e até por interesses comerciais.
A sinceridade de Paula Burlamaqui sobre o tema é bem-vinda por nos chamar à realidade e estimular necessárias reflexões sobre o tema.