Bruno Gagliasso é provocado por irmão bolsonarista que virou deputado

5 out 2022 - 16h59
(atualizado às 19h38)
Foto: Instagram/Thiago Gagliasso / Pipoca Moderna

Desde que conseguiu votação para ser eleito Deputado Estadual do Rio de Janeiro, Thiago Gagliasso tem provocado seu irmão mais famoso, o ator Bruno Gagliasso ("Marighella"), afirmando que o posicionamento de Bruno o ajudou a se eleger.

Bruno é partidário de esquerda e já declarou o seu apoio ao ex-presidente Lula. Thiago, por sua vez, é de direita e defensor de Jair Bolsonaro. Segundo a "lógica" de Thiago, muita gente votou nele por não concordar com aquilo que o seu irmão defende.

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"Tive uns votinhos de protesto que eu sei. 'Vou votar nele só por causa das m*rdas que o irmão fala'. Vocês espancaram a urna, tá? Acham que eu sou bobo? Acham que eu não sei? Brunão, obrigado, por você falar tanta m*rdas, conseguiu me dar votos. Então, obrigado!", disse ele nos Stories do seu Instagram.

Ainda em tom irônico, Thiago disse a Bruno que ele "está convidado para fazer parte do gabinete. Você não quer apoiar a cultura? Mostra para sua turma os trabalhos que a gente vai fazer e como se usa dinheiro público na cultura. Eu te ensino. Passa lá no gabinete. Quem dera o maior problema da minha vida agora fosse a opinião de alguém que não sabe nem o que fala."

Em vez de responder às provocações do irmão, Bruno Gagliasso postou uma foto no seu Stories mostrando os preparativos para a festa de aniversário da sua esposa, Giovanna Ewbank. "Sim, teremos s*rubão de Noronha", brincou ele na legenda da foto.

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A briga entre os irmãos não é recente.

Certa vez, Thiago participou do programa "Resenha Proibidona", onde disse que Bruno rompeu relações depois que ele assumiu um cargo na secretaria estadual de cultura do governo de Wilson Witzel.

Mas o conflito é mais antigo e começou no fim de 2017, quando Bruno cobrou que Thiago fosse mais profissional na administração de dois restaurantes que a família deles têm no Rio de Janeiro e de uma boate em São Paulo. Na ocasião, o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, afirmou que um desses restaurantes estava sendo alvo de um processo movido pelo Banco do Brasil, por não pagar um crédito de R$ 290 mil, vencido em 2014.

As desavenças se escancararam na época da eleição presidencial de 2018. Após o primeiro turno da eleição, Thiago fez críticas à imprensa. "Debate com o Bonner? Boa noite. Os 'formadores de opinião' que não formam mais!", escreveu ele no Instagram.

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Incomodada, Giovanna Ewbank mandou uma mensagem para o cunhado, que ele resolveu divulgar nas suas redes sociais. A mensagem dizia:

"Amorzinho. Espero que quando o seu desejo da 'TV morta' se realize (porque deve ser isso mesmo) vocês estejam preparados para: não ter o apartamento que seu irmão deu para vocês morarem no Rio de Janeiro; não ter ajuda do seu irmão quando você não pagar a escola do seu filho e ele te salvar; não ter a mesada que seu irmão dá para a sua mãe; não ter o apartamento de São Paulo do seu irmão para ficar; entre outras tantas coisas."

Thiago respondeu publicamente a mensagem, dizendo que "gostaria muito de lhe informar que não moro mais no apartamento do meu irmão (e mesmo que morasse, não teria vergonha por não pensar igual a ele, afinal, não somos gêmeos de cérebros, apesar da semelhança física). Liga lá na escola do meu filho, pergunta se estou devendo algo. Se precisasse da ajuda dele aceitaria viu. Mesada pra mãe? Eu teria orgulho em poder proporcionar a minha mãe o que ele faz por ela, o nome disso é gratidão. Não sei se você conhece. Apartamento do meu irmão para ficar? Relaxa! Tenho amigos que certamente me receberão com o maior prazer".

Em julho deste ano, quando participou da estreia do podcast de Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, Bruno Gagliasso contou que esse post o fez romper definitivamente com o irmão.

"Não é por causa de eleição, isso é bom deixar claro. Não foi por causa de política, mas eu e minha mulher fomos expostos de uma forma que não queríamos ter sido. E aí ficou muito evidente nossa diferença. A gente tem pensamentos políticos completamente diferentes. Hoje em dia não existe mais a política não estar ligada à moral. Hoje, pra mim, você apoiar esse b*sta é você não ter nenhum tipo de escrúpulo, é diferente. E por isso digo que não vejo, hoje, eu voltar a falar com meu irmão ou conviver. Prefiro ficar com esse sentimento dele quando tinha 7, 10, 15 anos de idade… Vai contra tudo o que eu prego, o que eu sou, o que quero pros meus filhos. Não tem como, é inviável, então não me culpo por isso. Eu não tenho culpa, eu tenho dor. De não poder conviver com o filho dele, ter uma relação de respeito, de carinho."

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