A modelo e cantora Carla Bruni, casada com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, defendeu a maneira como a jornalista Valérie Trierweiler reagiu após saber que o atual presidente, François Hollande, a tinha traído, publicou a revista "Challenges".
A revista divulgou nesta terça-feira parte das declarações da antiga primeira-dama incluídas no livro de Philippe Labi "Vida privada-vida pública. Um voyeurismo de Estado. O verdadeira romance dos presidentes".
Segundo Bruni, o livro "Merci pour ce moment" (Obrigado por este momento), em que Trierweiler relatou sua passagem pelo Eliseu e sua crise com Hollande responde, em primeiro lugar, "a uma humilhação".
"A infidelidade é algo já por si só doloroso, mais ainda quando essa infidelidade é pública", afirmou a modelo, para quem "nenhuma outra mulher teria suportado o choque" como a traição de Hollande.
Trierweiler, na opinião de Bruni, "é uma mulher de seu tempo, que se viu em um lugar sem ter sido preparada. É uma jornalista, não uma personalidade pública, que não conhecia essas ondas incessantes de difamações, e que acabou se sentindo extremamente solitária".
O Eliseu "não é um lugar a onde se possa ir sem amor. Eis aqui, na minha opinião, o que conta seu livro. E quando passou essa história (de infidelidade), tudo veio abaixo", concluiu no livro de Labi, que será lançado na França semana que vem.
O casal formado por Sarkozy, atual líder da oposição conservadora da França, e Bruni, destacoua a revista francesa, fez da comunicação midiática um elemento chave, por isso esta defesa inesperada da ex-companheira de Hollande foi vista como um ataque indireto ao presidente.
Exemplo dessa estratégia, para "Challenges", são também as fotografias publicadas pela "Paris Match" sobre suas férias na Córsega, que enquanto mostram uma aparente vida "de sonho" criticam de forma subliminar o atual presidente por "se esconder" e ocultar tanto onde passa as férias como seus acompanhantes.