Carol Junger, de 23 anos, namorada de José de Abreu, assustou seus fãs nesta quinta-feira, 28, ao relatar que estava sendo afetada por um sangramento vaginal incomum. Após semanas sob medicação e nada de solução, ela se submeteu a exames e descobriu que o dispositivo intrauterino (DIU) que usa perfurou a parede do útero.
"Uso DIU há seis anos e pensei que poderia ter saído do lugar [...] ou que poderia ter engravidado e estava tendo um aborto espontâneo, que poderia ser câncer, alguma doença. Estava bem assustada", relatou Carol Junger, em seu perfil no Instagram.
De acordo com Rogério Tabet, ginecologista e obstetra do Sistema Público de Saúde, a situação que acometeu a namorada de José de Abreu é pouco comum entre as usuárias de DIU, mas grave, visto que, se não tratada como prioridade, pode resultar em cirurgia.
"Se o DIU perfura alguma região, a paciente precisa ficar em extrema observação no hospital. É algo que gera muita dor, é uma situação extremamente irritativa e o DIU deve ser retirado imediamente. Caso não, o sangue pode se acumular na cavidade, gerando a necessidade de uma laparotomia exploradora, ou seja, tem que abrir a barriga da pessoa, pois o fluxo de sangue não cessa", explica.
Além do tipo de incidente que acometeu Carol Junger, segundo o ginecologista, outro risco possível entre as adeptas do DIU é a absorção do útero frente ao dispositivo. Em tese, isso acontece quando o dispositivo sai do local adequado e, por falta de acompanhamento médico ou negligência da paciente, acaba sendo absorvido pelo organismo.
Além de não cumprir com sua função, também é necessário cirurgia quando esse quadro ocorre.
O que representa o sangramento vaginal?
Além de desajustes no DIU, o ginecologista Rogério Tabet explica que muitas patologias podem ser associadas ao sangramento vaginal excessivo. Entre elas estão: estresse, ansiedade, síndrome do ovário policístico, pólipo endometrial e mioma submucoso.
O especialista acredita que qualquer sinal incomum na região é um alerta para se procurar um profissional adequado. Entretanto, ele incentiva que as pacientes façam uma autoavaliação antes.
"Em caso de sagramento após a relação sexual, por exemplo, não há necessidade, é algo extremamente comum", acrescenta.