O Palácio Real de Madrid sediou um grande evento diplomático na quarta-feira (25). O rei Felipe VI foi o anfitrião do jantar a embaixadores e secretários de 126 Países.
Um momento gerou repercussão internacional. Na hora das apresentações oficiais, o embaixador do Irã, Hassan Ghashghav, cumprimenta o monarca, mas não estende a mão para a rainha Letizia.
O diplomata faz apenas um gesto com a cabeça. Ela o acompanha com os olhos, em nítida reprovação por seu comportamento e como se quisesse intimidá-lo.
A cena viralizou imediatamente nas redes sociais e na imprensa. O representante da teocracia iraniana foi considerado deselegante. Comentaristas de TV tentaram entender a situação.
A explicação foi dada por especialistas em Irã: desde a revolução islâmica no País, em 1979, os homens são proibidos de apertar a mão de mulheres em público. Só podem ter contato se elas forem da família e muçulmanas.
Ainda que tradições e culturas devam ser respeitadas, o gesto do embaixador iraniano suscita reprovação no Ocidente, onde a pauta da igualdade entre os gêneros está entre as prioridades dos governos.
Ex-apresentadora de telejornal, Letizia já fez alguns discursos com forte teor feminista. A defesa das mulheres parte de seu interesse pessoal: ela tem duas filhas. A mais velha, Leonor, de 17 anos, é a princesa herdeira da Espanha e espera-se que assuma o trono um dia.
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