Durante a reunião de mercado em que comemorou os 100 milhões de assinantes do Disney+ (Disney Plus), o CEO da Disney, Bob Chapek, também abordou a demissão da atriz Gina Carano da série The Mandalorian.
De acordo com a revista The Hollywood Reporter, o executivo respondeu uma pergunta sobre o destino da intérprete de Cara Dune na assembleia de acionistas da empresa.
Ele apontou que a inclinação atual da Disney não é de esquerda nem de direita, mas a favor da valores positivos. O tema veio à tona porque Carano é uma republicana convicta, engajada em posts de teor político nas redes sociais. Mas vários artistas de esquerda não sofrem censura por se envolver em temas polêmicos.
Chapek negou a existência de uma lista de "atores proibidos" no estúdio. E explicou onde se dá o corte.
"Defendemos valores que são universais. Valores de respeito, valores de decência, valores de integridade e valores de inclusão", ele apontou. "Procuramos ter um conteúdo que seja reflexo da rica diversidade do mundo em que vivemos. E acho que esse é um mundo em que todos devemos viver em harmonia e paz", completou o executivo.
A demissão de Gina foi anunciada pela produtora Lucasfilm no dia 10 de fevereiro, após vários deboches sobre medidas de proteção contra o coronavírus, ataques à movimentos civis, questionamento das eleições e investimento numa narrativa de vitimização de conservadores. O estúdio chegou a advertir a atriz, que era reincidente, antes dela comparar um suposto preconceito contra a direita americana ao sofrimento dos judeus na 2ª Guerra Mundial. Foi a gota d'água que levou à sua demissão.