Dia histórico para o cinema nacional: o filme "Ainda Estou Aqui" recebeu três indicações ao Oscar 2025. Além da já esperada indicação em Melhor Filme Internacional e da aguardada indicação de Fernanda Torres em Melhor Atriz, o longa também fez história ao se tornar a primeira produção brasileira a aparecer na categoria principal, Melhor Filme.
O que muita gente não sabe é que uma coincidência impressionante marca esse momento histórico. Anunciadas em 23 de janeiro, as indicações a "Ainda Estou Aqui" vêm um dia depois do período em que Rubens Paiva foi assassinado.
Rubens desapareceu no dia 20 de janeiro de 1971. As investigações apontam que ele foi morto entre 20 e 22 de janeiro nas dependências de um quartel militar. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelou que Antônio Fernando Hughes de Carvalho, tenente do Exército, foi o responsável por torturar o engenheiro civil e político até a morte. O corpo dele até hoje não foi encontrado.
Filme que retrata o período mais violento da ditadura militar no Brasil, "Ainda Estou Aqui" conta a história de Eunice Paiva, esposa e mãe dos cinco filhos de Rubens, e sua luta para preservar sua família em meio à busca pelo marido desaparecido.
"O que mais me interessava era o espírito dele. O que ele emanava. Se tivesse em um almoço, que impressão ele causava? E as impressões que ele deixou nos amigos? Quais lembranças os filhos têm dele? Essas coisinhas eu fui pegando aqui e acolá e fui entendendo que Rubens era uma figura luminosa, m...
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