Vanessa Jackson, campeã da primeira edição do Fama, revelou detalhes da relação com seu filho mais velho, o cantor Rodrigo Jay, de 17 anos, durante o podcast Lisa, leve e solta. Rodrigo se identifica como queer, termo que descreve pessoas cuja identidade de gênero ou sexualidade fogem das normas tradicionais.
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Durante o programa, mãe e filho falaram sobre a conexão de amor e apoio que os une. "Com 3 anos, ele já andava de salto", relembrou Vanessa, de 43 anos, que também é mãe de outras duas adolescentes. Rodrigo atualmente trabalha como backing vocal na banda da mãe e também auxilia no figurino e maquiagem da cantora.
O filho de Vanessa contou que sempre foi afeminado, algo que se intensificou pelo complicado relacionamento entre seus pais. "Minha mãe nunca teve uma boa relação com meu pai, que a agredia. Eu olhava para ela e minha tia, que são divas, e pensava: quero ser como elas."
Mesmo com o apoio da mãe, Rodrigo enfrentou homofobia, inclusive dentro de casa. "Minha família é muito religiosa, Testemunha de Jeová. Cresci nesse ambiente e lidei com muita pressão e homofobia", revelou. Ele lembrou dos comentários preconceituosos nas redes sociais e da relação conflituosa com o pai.
Vanessa Jackson não escondeu sua indignação com as atitudes do ex-marido. "O pai dele o chamava de 'viadinho'. Já enfiei a mão na cara dele várias vezes. Rodrigo é bissexual e tem caráter. O pai dele é hétero e não tem." Apesar das adversidades, ela sempre apoiou a sexualidade do filho. "Com 13 anos, ele me disse: 'Mãe, eu sou bi'. E eu respondi: 'Quando você nasceu, eu já sabia'".
Vanessa admitiu que vive em constante preocupação com a segurança de Rodrigo. "Tenho medo das pessoas fazerem maldades com ele. Eu confio nele, mas não confio nas pessoas". Apesar disso, descreve o filho como 'a luz da casa'. "A forma como ele me trata e trata as irmãs é especial. Ele é nossa luz."
LGBTQIA+ ainda enfrentam perigo
Estudos anteriores indicam que o Brasil possui uma das maiores taxas de crimes homofóbicos no mundo. Segundo o GGB, um homossexual é morto a cada 28 horas no País devido à homofobia, e aproximadamente 70% desses casos permanecem impunes.