A vida de Silvio Santos rendeu livros, séries a exemplo da controversa ‘O Rei da TV’ (Disney+) e um filme, ‘Silvio’, que já causou polêmica antes mesmo de estrear em reação das redes sociais à atuação de Rodrigo Faro no papel-título.
O paraquedista que virou camelô, se tornou apresentador, criou uma grande rede de TV e flertou com a política é um dos personagens mais fascinantes do universo artístico brasileiro. Uma saga com elementos de comédia e também drama.
O maior deles, segundo o próprio Silvio Santos, foi a perda de sua primeira mulher, Maria Aparecida Vieira, em 22 de abril de 1977. Uma das raras vezes em que falou do assunto foi em um ‘Show de Calouros’ de 1988. “Minha maior tristeza foi a morte da minha esposa chamada Cida, aos 39 anos de idade, com câncer no estômago.”
Viúvo, o apresentador recorreu à sogra, Gina, para ajudar na criação das filhas Cíntia e Sílvia. Diante das câmeras, ele reconheceu um dos maiores erros cometidos: ter escondido Maria Aparecida e as meninas da imprensa e do público.
A fim de não frustrar as fãs, que alimentavam a esperança de namorar o ídolo, Silvio se apresentava como um homem livre e sem família. Naquela época, era possível um artista ocultar parte de sua vida privada.
“Quando eu me lembro que dizia que era solteiro, quando me lembro que escondia minhas filhas para poder ser o galã, ser o herói, quando falo com a minha consciência, eu acho que é uma das coisas imperdoáveis que eu fiz, diante da minha imaturidade”, admitiu.
Ele relatou ainda a mudança trazida pelo segundo casamento com Íris Abravanel, mãe de suas outras quatro filhas. “Quando eu corria atrás de mulheres como os meus colegas correm, cada dia uma, eu estava à procura de alguma coisa e não sabia o quê. Depois que encontrei minha segunda mulher, não vão acreditar, mas eu me satisfaço com ela, encontrei minha felicidade.”
Como se nota, a trajetória desta lenda-viva da comunicação renderia também uma novela como as de antigamente, com romance, mistério, reviravoltas e pitadas de sofrimento.