Pelé passou a maior parte dos últimos anos de vida em sua casa no Jardim Acapulco, numa ponta da Praia de Pernambuco, no Guarujá.
Pouco saía devido às dificuldades de locomoção provocadas por um problema no quadril. Depois, o câncer o deixou ainda mais debilitado.
Ao seu lado o tempo todo, Márcia Aoki fez o possível pelo bem-estar físico e emocional do marido. Foram casados e moraram na propriedade de 2016 até a morte dele, em dezembro do ano passado. A empresária ficará com o amplo imóvel, seguindo o desejo do maior ídolo brasileiro do futebol.
Pelé gostava de aproveitar a área externa da mansão. Observava o mar das janelas, do terraço e do mirante na área das duas piscinas, à sombra de coqueiros. Dali se vê a imensidão de água e algumas ilhas.
Uma escada que corta a vegetação conduz os moradores até o meio das pedras onde as ondas batem. De lá se tem uma visão ainda mais próxima da natureza. Verdadeiro paraíso particular.
A casa tem quatro andares ligados por um elevador. A decoração inclui objetos históricos da carreira do ex-jogador, muitos quadros com fotos dele e obras de arte. Havia uma estátua dourada em tamanho real do incomparável Camisa 10.
Ali, cercado de memórias e cuidados, o maior atleta do Século XX recebia parentes e os amigos mais próximos. Chegou a abrir a casa também para equipes de reportagem.
Em uma entrevista à TV em outubro de 2010, Pelé classificou o Guarujá como “a sala de visita de São Paulo”. O coração dele se dividia entre a cidade onde morava e Santos, o município que foi cenário de sua consagração como atleta.
Hoje, seu corpo descansa no mausoléu de 200 metros quadrados no Memorial Necrópole Ecumênica, perto do Estádio da Vila Belmiro, local que foi a casa de Pelé ao longo de anos gloriosos. Transferida de sua casa, a estátua dourada do ex-jogador agora recepciona os visitantes de seu túmulo.