“Fui repórter de TV por 38 anos, correspondente por 15, conheço 115 países. E quero ajudar a fazer um Brasil melhor.” Essa é a autodescrição no perfil de Marcos Uchôa numa rede social.
Desde março, ele integra o time da TV Brasil, a estatal criada por Lula em 2007 e usada politicamente por Jair Bolsonaro apesar das ameaças de fechamento feitas por ele durante a campanha à Presidência.
Uchôa foi escalado para ser o apresentador da live semanal do presidente nas manhãs de segunda-feira. As duas primeiras edições aconteceram no Palácio do Alvorada. Por enquanto, a audiência é bem menor do que as polêmicas transmissões de Bolsonaro ao longo do mandato.
O Sala de TV selecionou algumas curiosidades a respeito do jornalista que tenta ajudar Lula a expandir a comunicação na internet.
.Uchôa, de 64 anos, entrou na Globo em 1987. Antes, trabalhou na extinta TV Manchete.
.Segundo o projeto ‘Memória Globo’, ele é filho de uma professora de inglês e um sociólogo perseguido na ditadura.
.Por viajar a vários países para visitar o pai no exílio, Marcos se interessou em aprender diferentes idiomas. Aos 19 anos já falava inglês, francês, italiano e espanhol.
.Cursou períodos de Sociologia e Medicina antes de optar pelo Jornalismo.
.Antes de entrar para a TV, trabalhou em hotel e na companhia Air France.
.Iniciante na Globo, deu sorte quando a desacreditada Mangueira ganhou o Carnaval de 1987 e ele estava na quadra, de onde fez entradas ao vivo.
.Foi correspondente do canal em Londres e Paris. Cobriu eventos históricos como a Guerra do Iraque e o Tsunami na Indonésia, além de grandes momentos do esporte, como Copas do Mundo e campeonatos de Fórmula 1.
.Pediu demissão da Globo em 2021 alegando cansaço e “desgaste interno”. Nos bastidores, ele teria se chateado com a perda de espaço.
.Em entrevista ao podcast ‘Inteligência Limitada’, revelou mágoa por não ter sido convidado para a série de reportagens dos 50 anos da emissora, em 2015.
.No ano passado, Uchôa se lançou candidato a deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro. Desistiu pouco depois alegando falta de apoio do partido.
.O jornalista sempre teve admiração por Lula, como mostram posts com fotos do lado do petista em suas redes sociais. Ele cobriu vários momentos dos mandatos anteriores.
.“Acompanhei o Lula muitas vezes mostrando pelo mundo um Brasil gentil, forte e solidário. (...) Eram viagens de muito trabalho, mas sempre sorridentes e isso passava para o mundo. Todo presidente deve de certa forma representar um papel protetor, de pai da pátria”, escreveu no Instagram.