Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz Débora Falabella falou sobre a stalker que a persegue desde 2015. "É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela que, com certeza, tem problemas", considerou a artista.
Débora afirmou não conhecer a mulher e nunca ter tido contato com ela, mas disse se tratar de uma relação de fã e destacou seu caráter negativo. "Fico com medo, porque nunca se conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato."
Apesar dos transtornos causados pela perseguição, ela afirmou desejar que a mulher fique bem. "Estão cuidando para que seja da forma melhor possível, tanto pra mim quanto pra ela. [...] Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que seja."
Em abril, a Justiça revogou a prisão da acusada de perseguir a atriz e descumprir medida protetiva. A stalker de 41 anos foi declarada inimputável, ou seja, não compreende o caráter ilícito de sua ação, por conta de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto. Somado a isso, por ser ré primária, ela foi autorizada a responder ao processo em liberdade.
Peça em cartaz
Débora está em cartaz com o monólogo Prima facie, obra escrita pela australiana Suzzi Miller. A história, a princípio, parece leve, mas trata sobre uma advogada que defende acusados de violência sexual e que acaba sofrendo um estupro.
A atriz contou ao Globo que teve crises de choro ao ensaiar para a peça. "Tive que deixar aquilo bater e resolver antes de estrear", revelou.
O espetáculo contribuiu com a mudança de leis de abuso sexual no Reino Unido. O monólogo está em cartaz no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro, de quinta-feira a domingo, até o dia 30 de junho.