A defesa de Deolane Bezerra entrou com um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quarta-feira, 11, que acabou recusada. A medida foi adotada após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) decidir manter a prisão preventiva da influenciadora. Deolane foi presa novamente por violar uma das condições impostas pela Justiça, que determinava que ela não deveria fazer declarações públicas.
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O portal Notícias da TV teve acesso ao documento mais recente, assinado pelos advogados Josimary Rocha de Vilhena, Rogério Nunes e Luiz Ricardo Rodrigues Imparato. A defesa argumentou que tanto a imprensa quanto os fãs da influenciadora contribuíram para o seu abalo emocional quando ela deixou a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, em Recife.
"Ao sair do estabelecimento prisional, a paciente imediatamente informou à multidão que não poderia manifestar-se; contudo, o assédio a seu redor foi excessivo, fato que acabou por desestabilizá-la e então, ela de fato, falou --sem direcionar a fala a qualquer pessoa-- que se sentia injustiçada", afirmaram os advogados.
A fala da defesa se refere ao fato da influenciadora ter sido carregada nos braços por seus fãs ao ser liberada na última segunda-feira, 9, antes de retornar à cadeia. No dia, um grande tumulto tomou conta do local, com veículos de imprensa e curiosos aguardando na entrada do presídio.
Daniele Bezerra, advogada e irmã de Deolane, afirmou que ela não poderia se manifestar. "Ela foi silenciada pelo Tribunal de Justiça, eles proibiram ela de falar", declarou a familiar. Nesse momento, Deolane ignorou a irmã e respondeu às perguntas feitas pela imprensa e pelos fãs. "Não há uma prova sequer! Isso é uma prisão criminosa, não há provas contra mim. Abuso de autoridade por parte do delegado Paulo Gondim. Agradeço a todos os fãs, nenhum vai se arrepender", disse ela.
O Terra entrou em contato com a defesa da influenciadora, que afirmou que, como conduta, só se manifesta por meio dos autos do processo.
Prisão de Deolane
Deolane passou por audiência de custódia nesta quarta e teve sua prisão preventiva mantida pelo TJPE. Ela foi levada à Colônia Penal Feminina de Buíque, no interior de Pernambuco, nesta terça-feira, 10, após ter sua prisão domiciliar revogada.
Segundo a assessoria do TJPE, a audiência foi realizada de forma virtual. No momento, de acordo com nota divulgada pela Justiça, seu mandado de prisão preventiva foi analisado pelo Juízo da Audiência de Custódia, onde foram verificados os aspectos formais da prisão, como a legalidade no cumprimento do mandado.
A revogação da prisão domiciliar foi comunicada no início da tarde de terça-feira na 12ª Vara Criminal. Deolane havia sido beneficiada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de 2018, que substitui a prisão preventiva por domiciliar para gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência. A empresária é mãe de uma menina de 8 anos.
Além dela, Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, e Marcela Tavares Henrique da Silva Campos, irmã e sócia de Darwin, também foram beneficiadas pelo direito.
Mas, de acordo com informações da TV Globo, Deolane descumpriu duas medidas cautelares impostas pelo Judiciário. Ela não podia se pronunciar publicamente pelas redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação, o que foi feito assim que ela saiu da prisão na segunda-feira, 9.
A influenciadora também tinha sido proibida de ter contato com os demais investigados na Operação Integration e deveria permanecer em casa todos os dias da semana, incluindo fins de semana, segundo as medidas impostas pela Justiça.
A mãe de Deolane, Solange Bezerra, continua presa na unidade após ter o pedido de habeas corpus negado.