Com a previsão de receber mais dois mil convidados durante a cerimônia de coroação de Rei Charles III, uma coisa é certa: membros diretos da família real como Meghan Markle, e seus filhos Archie e Lilibet não estarão presentes.
Além do núcleo familiar do príncipe não nutrir uma boa relação com a monarquia, o evento na Abadia de Westminster ocorre no mesmo fim de semana em que Archie completa 4 anos. Por isso, Meghan e os dois filhos permanecerão nos EUA. Já Harry fará uma breve aparição e se sentará longe dos membros da realeza.
Apesar dos atritos, Meghan Markle e Rei Charles III já tiveram um bom relacionamento e isso não faz muito tempo. No livro "O que sobra", escrito por príncipe Harry, ele descreve que seu pai ficou impressionado ao conhecer a atriz.
No casamento de Harry e Meghan, por exemplo, foi Charles quem levou a duquesa de Sussex até o altar, cumprindo o papel de "pai da noiva". À época, o pai da atriz ficou doente e desistiu de levá-la ao altar. Harry então pediu ao pai, que prontamente atendeu ao pedido do filho dizendo apoiá-los.
Em 2018, mesmo ano do matrimônio do casal, a imprensa britânica também divulgou que o monarca apelidou Meghan carinhosamente de "tungstênio", por ser forte e inabalável. Mas, ao que tudo indica, a relação teria acabado com o período que antecede a saída de príncipe Harry e Meghan Markle da realeza, em 2021.
Ataques da imprensa e comentário racista
De acordo com o próprio Harry, pouco antes da saída do casal da família real britânica, o casal chegou a se frustrar com a posição do Rei Charles III mediante ataques da imprensa britânica contra Meghan.
No livro, o príncipe relata que procurou o pai diversas vezes para pedir ajuda, mas que o monarca apenas o aconselhou a não ler o que era publicado. Meghan Markle também chegou a procurar Camilla, madrasta de Harry. No entanto, ela reforçou o conselho de Charles III e disse que também era "vilã" no passado.
Harry também relatou que houve uma discussão generalizada entre os familiares quando ficou decidido que ele e Meghan deixariam de ser membros da realeza. "Foi aterrorizante ver meu irmão gritando comigo, meu pai dizendo coisas que não eram verdadeiras e minha avó sentada lá, quieta, observando tudo", disse.
Charles também é apontado como o familiar que questionou "quão escura" seria a pele do primogênito do casal. O caso foi exposto em entrevista a Oprah Winfrey, onde Harry e Meghan negaram que os comentários teriam vindo da Rainha Elizabeth ou do príncipe Philip, mas sem mencionar quem o fez.
Proibida de estar em Balmoral
Outra situação que corroborou para essa piora do relacionamento foi o "banimento" de Meghan Markle no Castelo de Balmoral, local onde a rainha Elizabeth II faleceu. De acordo com Harry, Charles III afirmou que "ele era bem-vindo, mas não Meghan".
Na ocasião, o príncipe Harry disse que não aceitaria comentários desrespeitosos sobre sua esposa e disse até que o pai gaguejou. Segundo relato, Charles haveria dito que apenas não gostaria de muitas pessoas por perto naquele momento.
Meghan Markle e príncipe Harry chegaram a participar do velório da Rainha Elizabeth II, mas sem fazer interações com Charles e Camilla.
Inclusão do casal
Em seu primeiro discurso como rei, Charles fez questão de mencionar o casal. Na ocasião, o monarca lembrou de Harry e Meghan como um casal amado que estava construindo suas vidas do outro lado do oceano. Pouco tempo depois, ele também exibiu um porta-retrato com uma foto do casamento em seu gabinete.
Meghan também foi lembrada em um livreto oficial que traz a programação da coroação. A foto, tirada em 2018, exibe o núcleo familiar do Rei Charles III, com Camilla da Inglaterra; William, Kate e seus três filhos, além de Meghan e Harry.
