Enquanto a maioria da classe artística manifesta voto em Lula, alguns ex-participantes do ‘Big Brother Brasil’ se declaram bolsonaristas. A vida deles não tem sido fácil.
O artista plástico baiano Adriano Castro, o Didi do ‘BBB1’, 53 anos, postou um vídeo no Twitter, na quarta-feira (21), denunciando suposta perseguição do YouTube ao seu canal Didi Red Pill.
“Acabei de ser informado que o meu canal foi desmonetizado... Sem uma única justificativa a não ser que nós somos bolsonaristas e apoiadores da direita conservadora e cristã”, disse.
“Não vamos parar. Isso não vai me intimidar, não vai me amedrontar. Vou continuar na mesma linha de defesa de nossos princípios e valores, e vamos mostrar a eles que são uns canalhas.”
Sob o slogan ‘Aqui o bicho pega, política falada sem papas na língua’, o canal do ex-BBB possui 35 mil inscritos. Tem contestação de pesquisas de intenção de votos, críticas a Lula e à esquerda, além de vídeos em prol de Bolsonaro.
Adriano se destacou como estrategista da edição de 2002 do reality show da Globo. Ganhou fama de vilão.
Foi o 6º eliminado da temporada vencida pelo dançarino Kleber Bambam. Deixou como legado a criação do termo ‘paredão’ para designar a votação dos indicados à eliminação.
Outro competidor do ‘Big Brother’ nas fileiras do presidente é o mineiro Adrilles Jorge, 47 anos, décimo eliminado da 15ª edição do programa, que teve o advogado Cézar Lima como campeão. Concorre a uma vaga de deputado federal por SP pelo PTB.
Na Jovem Pan, o jornalista e poeta se tornou um polemista assumido. Seus comentários tinham como alvo principal a mídia, os progressistas, as pautas das minorias (incluindo os LGBTQIAP+) e o politicamente correto.
Dois episódios geraram forte repercussão. Na TV, um gesto interpretado como saudação nazista. No debate de presidenciáveis da Band, uma acalorada discussão com o deputado André Janones (Avante), que renunciou à candidatura ao Planalto para apoiar Lula.
Nas redes sociais, Adrilles é alvo de intenso bombardeio. Costuma revidar. No Twitter, o ex-BBB tem feito ataques contra a Globo.
“A indústria do cancelamento é uma chaga moral no jornalismo. Um dos meus projetos como deputado é a lei de responsabilidade jornalística que visa punir severamente crimes contra a honra praticados por pseudojornalistas”, postou.
Segunda eliminada do ‘BBB18’, vencido por Gleici Damasceno, a rondoniense Jaquelline Grohalski, 28 anos, decidiu enfrentar o tribunal da internet.
“Oficialmente declaro 22 nessas eleições. E antes que venham me atacar, pensem que antes de quererem mudança temos que respeitar o outro. Boa sorte a todos os candidatos”, tuitou.
Em outro post, a biomédica e influenciadora fez uma autoironia. “Eu não brigo por política. Até porque só tenho 3 fãs.”
Refere-se ao vídeo viralizado de quando chega a um encontro de seguidores e só há 3 pessoas. Ela disfarça falando ao celular, dá meia-volta e sai sem falar com o pequeno grupo.
Mesmo hasteando a bandeira da paz, Jaquelline atraiu a fúria de numerosos haters. A ex-BBB não recuou. “Na real, a gente tem que parar de ter medo do cancelamento e do que os outros vão pensar.”