Na quarta-feira (9), o Terra deu matéria com a seguinte manchete: ‘Lula chama ex-ministro Franklin Martins para chefiar comunicação de pré-campanha'.
"Ministro da Secretaria de Comunicação Social no segundo governo Lula, entre 2007 e 2010, Martins vai coordenar toda a estrutura de comunicação", diz trecho do texto de Pedro Venceslau, repórter do Estadão, parceiro deste portal.
Jornalista desde os 15 anos, quando começou a trabalhar no diário ‘Última Hora’, Franklin se tornou nacionalmente conhecido ao aparecer na tela da Globo.
Atuou como comentarista político do ‘Jornal Nacional’ e do ‘Jornal da Globo’ de 1997 a 2006. Nesse período, acumulou influência ao circular pelos bastidores da cúpula dos três poderes da República.
Líder estudantil, militante socialista e exilado na ditadura (morou em Cuba, no Chile e na França), Martins era visto como imparcial e isento diante das câmeras, apesar de sua ligação histórica com a esquerda.
Um de seus melhores momentos na TV da família Marinho aconteceu em 2002, durante sabatina com os candidatos à Presidência no ‘JG’, ao lado da âncora Ana Paula Padrão. Foi incisivo no tom certo e recebeu elogios da imprensa.
Após deixar a Globo, ele foi trabalhar na Band, onde também analisava o universo político nos telejornais do canal. De lá, saiu para integrar o governo de Lula. Em 2009, acabou incluído na lista de brasileiros mais influentes do País da revista ‘Época’.
Amigo pessoal de Lula, Franklin Martins será o todo-poderoso da comunicação da provável campanha do petista ao Palácio do Planalto, em 2022. Resta saber como será a relação do jornalista com sua antiga casa, a Globo, alvo de duras críticas do ex-presidente.
Em julho de 2020, ao ser entrevistado pelo portal ‘Brasil 247’, o veterano do jornalismo analisou o canal carioca. “Os dois maiores partidos políticos do Brasil são o PT e a Rede Globo”, disse ao editor Gustavo Conde.
Franklin afirmou ainda que “a TV Globo se construiu a partir de uma posição quase monopolista dentro dos meios de comunicação” e acusou o canal de passar “os últimos 10 anos querendo destruir o PT e não conseguindo.”
Em maio, durante live, ele voltou a atacar a emissora ao opinar sobre a próxima eleição. “A Globo gostaria de construir um candidato que não fosse o Lula e pudesse derrotar o Bolsonaro, mas o Bolsonaro tomou grande parte do eleitorado que a Globo foi cativando, formando, dentro do processo de perseguição e golpe (contra o PT).”
Como se antevê, a cobertura jornalística da eleição de 2022 será bombástica - e a Globo, um alvo preferencial. Te cuida, Bonner.