Nesta quarta-feira (26), Fabiana Justus chamou a atenção dos fãs ao confirmar que iniciou um novo tratamento para cuidar de sua saúde. A influenciadora digital explicou que seus médicos decidiram começar uma etapa com doses altas de corticoide após perceberem que a médula óssea está impactando outras partes de seu corpo.
Em seu perfil do Instagram, Fabiana Justus publicou um vídeo detalhando a situação. "Só pra dividir com vocês porque quando eu falei que ia ter que tomar bastante corticoide muita gente ficou preocupada! Graças a DEUS estou bem e o GVHD é só algo pra tratar (que é esperado e comum) após um TMO! Obrigada pela torcida e orações sempre!", escreveu na legenda.
Já no vídeo, a filha de Roberto Justus esclareceu os motivos para começar a tomar corticoide na nova etapa no tratamento contra o câncer: "Eu vim contar porque estou fazendo a dieta com muito baixo carboidrato, com zero açúcar. Graças a Deus está tudo indo ótimo, como meus médicos queriam. O que está acontecendo, basicamente, é um sinal bom, porque quer dizer que minha medula pegou muito bem. Mas, quando você faz um transplante de medula, um dos riscos que tem pós-transplante é o GVHD, inclusive eu não tomo sol para não dar o GVHD de pele".
"Mas o que é o GVHD? Graft Versus Host Disease, é a medula contra o meu corpo, porque ela entra em um corpo que ela não conhece, por mais compatibilidade que tenha - no meu caso, o meu doador é 100% compatível comigo. Mas existe esse risco do GVHD porque entra em um corpo diferente, queria ou não. Então a medula começa a atacar algumas partes do corpo como um jeito de defesa mesmo", acrescentou.
"Por um lado, os meus médicos falam que é até bom ter um pouco de GVHD pós-transplante porque significa que a medula realmente pegou e ela está super ativa. Enfim, isso é ótimo. E eles vão monitorando se está com GVHD aqui e ali, tem vários lugares que podem ter GVHD. No meu caso, deu um pouco em cada lugar, então deu alguns GVHDs. Chegou em um ponto em que eles quiseram tratar, controlar na verdade", concluiu.
A influenciadora digital ainda destacou os riscos desse índice após o transplante de medula óssea. "O maior risco do GVHD é o agudo, que geralmente dá nos primeiros 100 dias pós-transplante. Por isso eu comemorei tanto quando deu os 100 dias porque significou que a chance é muito baixa de dar um GVHD agudo depois disso. E esse que dá após 100 dias, eles chamam de GVHD crônico e isso é uma coisa que me assustava um pouco. Eu falei com meus médicos que não gosto dessa palavra crônico, parece que vai ser para sempre. E eles falaram que não quer dizer que vai ser para sempre e a gente controlando com os remédios agora, a gente provavelmente vai conseguir tratar isso e acalmar a medula para ela entender - porque depois de um tempo ela vai entendendo o corpo que ela está e vai diminuindo o risco de isso acontecer de novo", afirmou.
"Então como eu estou em algumas áreas do meu corpo, eles acharam melhor a gente tratar da forma que eles tratam, que é dando doses altas de corticoide. Então eu comecei a tomar doses altas de corticoide", enfatizou. Além disso, Fabiana Justus apontou os efeitos colaterais que pode sofrer com o novo tratamento.
"E o corticoide, para quem não sabe, é um remédio que é um anti-inflamatório muito potente e acaba dando vários efeitos colaterais. Dá Insônia, agitação. Eu estou tentando priorizar meu sono. Dá inchaço, pode ganhar bastante peso se não tomar cuidado e também pode dar até uma diabetes para uma pessoa saudável, que não tem diabetes, dá uma resistência a insulina, alguma coisa assim. Então tem alguns efeitos colaterais chatos do remédio. E é o que meus médicos falaram: agora o remédio é meu aliado", disse.
"Quando eu soube que ia ter que tomar o corticoide, eu já fui atrás de como tentar minimizar os efeitos colaterais do remédio. E eu sei que meus médicos vão ficar bem de olho em todos os sintomas e tudo para entender quando a gente pode ir desmamando do corticoide. Uma vez que você começa a tomar corticoide em doses altas, o desmame é super lento. Eu vou tomar a dose máxima por um tempo até eles verem que está melhorando a situação e aí eu vou desmamando o corticoide. Aí, se Deus quiser, vai gerar esse GVHD e é isso", pontuou.
A filha de Roberto Justus também desabafou sobre os motivos para compartilhar os detalhes da nova etpa de seu tratamento contra a leucemia: "Eu só queria dividir com vocês porque eu divido praticamente tudo do processo aqui. Eu acho legal dividir porque eu sei que tem outras pessoas passando por processos parecidos como transplante por medula e podem ver que existem esses momentos, uns perrenguinhos, umas pedras no caminho, mas graças a Deus, diante de tudo o que poderia aconteceu, eu fui muito abençoada e está sendo uma forma controlada, mas acho legal dividir porque eu divido um pouco de tudo que acontece".
"Não é um mar de rosas, e eu sabia disso. Tenho um caminho ainda pela frente, mas eu estou aqui como sempre, pronta para qualquer coisa. Não vou dizer que fiquei feliz de ter esse efeito, mas era esperado. Inclusive, é o que meus médicos falam: vamos olhar pelo lado bom, o GVHD significa que a medula está ativa. Então isso é bom. Da mesma forma que ela ataca alguns órgãos, algumas coisas desnecessariamente, ela também pode atacar qualquer célula ruim que tiver sobrado de alguma maneira lá se Deus quiser. Pode ser acontecer de ela mesma atacar qualquer célula ruim que possa ter sobrado. Nada para vocês se preocuparem. Mas como eu falei que ia fazer um tratamento com altas doses de corticoide, muita gente me escreveu preocupada e eu achei legal vir aqui dividir", finalizou.