Stepan Nercessian chamou atenção ao gravar um vídeo pedindo ajuda para conseguir novos trabalhos na dramaturgia. Na terça-feira, 25, o consagrado intérprete de Chacrinha no cinema foi às redes sociais pedir novos seguidores. Segundo o artista, é o tamanho de seu perfil na internet que determina se será chamado ou não para novos projetos.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Em uma sequência de vídeos publicados em seu Instagram, Nercessian apareceu bem humorado e argumentou sobre o pedido. "Eu podia estar matando, roubando, mas eu estou aqui só pedindo um 'link' para vocês. Eu preciso aumentar o número de seguidores, porque vai aparecer uma oportunidade de fazer uma novela, um filme, e se eu não tiver seguidores eu não sou contratado, então me segue aí", disse.
Logo em seguida, ele corrigiu o pedido: "Não é link, é like". O ator, que atualmente faz o papel do empresário de Elvis Presley na peça musical O Rei do Rock, conta com 109 mil seguidores na rede social até o momento.
Aos 70 anos, Stepan Nercessian é conhecido por participar de produções marcantes da TV Globo, como Selva de Pedra (1986), Vale Tudo (1988), Mulheres de Areia (1993) e Kubanacan (2003). A última novela em que atuou na emissora foi Quanto Mais Vida Melhor, em 2021. Ele também fez parte do elenco da série Fim, de 2023, da Globoplay. O ator ainda foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 2011 e 2015.
Obrigação de engajamento é incômodo para atores
Vale lembrar que não é a primeira vez que um artista com um bom 'currículo' reclama da influência da internet nas contratações. Em 2021, Alice Braga já tinha criticado o método adotado por produtores de elenco em entrevista para a revista Trip.
“Começaram a pedir número de seguidores em teste de elenco. Isso é um absurdo, não deveria ser medida para nada. Como vamos empregar atores incríveis que são desconhecidos?", questionou. A atriz continuou, falando sobre sua dificuldade em se manter ativa nas redes.
"Eu sempre fui mais reservada. Era tímida, mas tinha um lado que era ativado para poder me comunicar com as pessoas. Ao passo em que fui ganhando mais reconhecimento, de uma forma natural, comecei a querer proteger meus personagens, porque quanto mais a gente sabe da vida do ator, do que ele faz, menos você compra aquela pessoa. Existe, sim, essa demanda da mídia social", disse.
