A cantora Rita Lee, que morreu nessa segunda-feira, 8, aos 75 anos em São Paulo, escreveu em seu primeiro livro autobiográfico sobre como seria a repercussão de sua morte. No capítulo, intitulado "Profecia", a artista disse que será lembrada por não ser "um bom exemplo, mas gente boa”.
“Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída", inicia.
Em outro trecho, a cantora escreve: "Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão 'Ovelha negra', as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair", completa.
"Nas redes sociais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a veia já tivesse morrido'", brincou ela, que também ressaltou que nenhum político se atreveria a comparecer ao seu velório, já que a cantora nunca compareceu ao palanque de nenhum deles e garantiu que 'levantaria do caixão para vaiá-los'.
"Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated' (Obrigado Senhor, finalmente sedada)", disse ela, que finaliza o texto sugerindo o seu próprio epitáfio: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa".
Sobre o dia de hoje, a Rita Lee nos deixou essa profecia em sua autobiografia, que compartilho com vocês porque eu ri muito quando li e acho que ela gostaria que ríssemos junto. pic.twitter.com/mId28V5r0F
— jairme 🌽 (@jairmearrependi) May 9, 2023