A rede Globo está determinada a não escalar mais nenhum artista extremista para as próximas novelas, de acordo com informações de fontes internas. A ideia é evitar o mesmo erro cometido com a atriz Cassia Kis (de "Travessia"), que tem aproveitado o destaque na TV para chamar atenção para pautas contrárias às iniciativas da emissora.
Segundo informações do NaTelinha, a emissora decidiu vetar artistas que estejam comparecendo a manifestações antidemocráticas, questionando os resultados das urnas ou pedindo uma intervenção militar.
Até o momento, a cúpula da Globo não tem ideia de como lidar com a situação polêmica envolvendo a interprete de Cidália da novela das nove. O clima de tensão entre o elenco de "Travessia" também está afetando a novela, afirmou uma fonte.
Cassia virou musa dos bolsonaristas após fazer declarações homofóbicas numa live com a jornalista Leda Nagle, razão pela qual está sendo processada no Rio de Janeiro, e por participar de manifestações antidemocráticas no Rio de Janeiro contra o resultado da eleição presidencial. Os frequentadores dos atos a veem como um grande exemplo para a "luta".
Além de Cassia, o ator aposentado Victor Fasano e a atriz Andrea Richa (a Muda da primeira versão de "Pantanal") também foram vistos em atos antidemocráticos durante o feriado de 15 de novembro.
Entre os que se manifestaram de foram extremista também se destacam Carlos Vereza e Regina Duarte.
Por outro lado, documentos internos de diretores da Globo deixariam claro que a proibição não visa eleitores de Jair Bolsonaro com comportamento moderado. Desta forma, artistas como Humberto Martins (de "Travessia") e Juliano Cazarré (de "Pantanal") continuarão tendo espaço na emissora.
Para fazer essa diferenciação, até as postagens nas redes sociais seriam analisadas.
Gente… Cássia Kis puxando oração em manifestação golspita no Rio de Janeiro 👀 pic.twitter.com/c0sCjxljqa
— Michel (@gramich) November 15, 2022