A jornalista Glória Maria viajou para cerca de 163 dos 193 países que existem no planeta ao longo da carreira, de acordo com entrevista ao programa Altas Horas. A apresentadora morreu nesta quinta-feira, 2, no Rio de Janeiro.
Na conversa com o apresentador Serginho Groisman, em 2019, a jornalista contou que começou a viajar profissionalmente quando passou a trabalhar pela TV Globo, com 16 para 17 anos. "Eu era muito pobre, não tinha dinheiro para conhecer o mundo. Comecei a viajar pela TV Globo, aí fiz do mundo o meu espaço", disse na época.
A primeira viagem em que ela teve o passaporte carimbado foi aos Estados Unidos para cobrir a posse do presidente Jimmy Carter. "Ele foi o primeiro presidente democrata depois de anos de presidentes republicanos. Ele era a favor das minorias, então a Globo fez questão de me mandar para mostrar que aqui também temos minorias que se davam bem", explicou Glória.
A apresentadora também revelou os três lugares mais inesquecíveis: "Irã, Índia... Bom, e se eu colocar o Brasil, vai dar problema? Porque o Brasil a cada momento, a cada minuto, a gente tem mais um lugar, mais uma coisa a descobrir". Segundo Glória, ela tinha o sonho de ir à Lua.
A jornalista acumulava ao menos 15 passaportes carimbados, segundo contou em entrevista a Tatá Werneck no Lady Night, em 2019. "Cada um nasceu para uma coisa e eu nasci para estar no mundo", afirmou.
Entre os lugares conhecidos pela jornalista, estão os países Escócia, Noruega, Irã, Índia, Nepal, Holanda, Sri Lanka, Dubai e Jamaica. Esse último gerou muita repercussão na internet por ela ter fumado uma erva no cachimbo e depois ter andado de montanha-russa.
Morte de Glória Maria
Glória Maria, jornalista e um dos ícones da TV brasileira, morreu nesta quinta-feira. Em nota, a Globo informou que a morte ocorreu por causa de metástases de um câncer que a jornalista enfrentava. Ela estava internada no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, onde veio a falecer.
"Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias", diz a nota.
"Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais", acrescenta a emissora.
A jornalista deixa duas filhas, Laura e Maria.