A influenciadora digital Duda Martins denunciou que foi dopada e abusada sexualmente após um encontro com um homem em um bar na Praia de Ponta Verde, em Maceió (AL). Em live no Instagram com a advogada Júlia Nunes, Duda disse que o crime ocorreu em 29 de dezembro de 2021.
Em relato publicado na rede social, a influenciadora contou que chegou ao bar às 14h35 e bebeu três copos de gin com energético. A última recordação da influenciadora foi por volta das 15h30, quando ainda estava no estabelecimento. Depois disso, ela disse que não se lembra de mais de nada e só acordou na madrugada do dia 30 no apartamento que o homem estava hospedado, na Jatiúca.
Após esse encontro com o suspeito, Duda iria treinar com um amigo às 17h. Esse amigo tentou falar com ela, mas não conseguiu. "Ele ficou preocupado, mas eu não estava recebendo nenhuma mensagem. Meu celular já estava desligado naquele momento", falou.
"Eu não tenho mais recordação de nada do que houve comigo. Nem de onde eu estava, nem como saí, nem como fui parar na casa dele, nem se aconteceu alguma coisa comigo", afirmou Duda.
"Eu só tenho a sensação de que eu estou machucada. Tenho as fotos que a doutora tirou, tenho hematomas no peito e na cabeça. Eu estava com minhas partes íntimas feridas. Eu não estava só dopada, eu estava totalmente ferida. Quando acordei, fui retornar a consciência, eu estava no sofá dele. Nesse momento, eu nem tinha percebido que estava sem calcinha", continuou o relato.
A influenciadora contou também que, ao acordar, pediu o celular dela para o suposto agressor, mas ele disse que ela havia esquecido no táxi. No dia seguinte, em casa, Duda rastreou o aparelho e apareceu a localização do apartamento do homem. Segundo a influencer, ele só devolveu os pertences dela depois que a delegacia entrou em contato.
"Não foi apenas o meu corpo violado, foi minha dignidade, minha sanidade mental, foi minha saúde espiritual, foi a minha saúde fisica", disse a influencer.
Duda recebeu os primeiros atendimentos no Hospital da Mulher, realizou exames e tomou um coquetel de remédios. Além disso, segundo a advogada, todos os procedimentos legais possíveis foram feitos. O boletim de ocorrência foi registrado na 1ª Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher, em Maceió.
"Até agora nada foi feito, no Réveillon ele estava pulando e se divertindo. Quantas outras mulheres podem ter sido vítimas desse agressor? E ele vai embora de Alagoas. Como é que a gente vai conseguir identificá-lo, saber onde é que ele mora, para poder notificar? Se ela estava dopada, mas tentou se defender, ele tem marcas pelo corpo também. O corpo fala muito", falou a advogada no vídeo.
Defesa
O Terra tentou contato com a defesa do suspeito, o auditor fiscal Luiz Campos, mas ainda não obteve retorno. A nota será atualizada caso haja posicionamento.