A influenciadora de moda Jeane Passos faleceu aos 34 anos, depois de uma internação por conta de complicações da anemia falciforme. Segundo o jornal Correio, a informação foi confirmada pela equipe da influencer nesta quinta-feira, 16.
Ontem, o perfil de Jeane no Instagram foi usado para um comunicado explicando que Jeane estava impossibilitada de utilizar o celular e pedidos de orações.
"Venho por meio dessa nota, por respeito aos seguidores e parceiros, comunicar que Jeane está internada por complicações de anemia falciforme. Neste momento, ela está impossibilitada de acessar o celular. Peço orações por ela, para que Deus restaure a sua vida", dizia a nota.
A influenciadora ficou conhecida por compartilhar sua transição capilar com os seguidores, e foi se especializando em conteúdos de moda e beleza.
O velório e o sepultamento da influenciadora aconteceram no Cemitério Bosque da Paz nesta quinta-feira, 16. A reportagem do Terra entrou em contato com a equipe da influenciadora, mas ainda não teve retorno.
Doença Falciforme
Segundo o Ministério da Saúde, Doença Falciforme (DF) é uma doença genética e hereditária caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA), fazendo surgir uma hemoglobina mutante denominada S (HbS), que é de herança recessiva.
Nas pessoas com DF, as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), que em condições adequadas são redondas, assumem a forma de “meia lua” ou “foice” (daí o nome “doença falciforme”). Essa mudança de formato ocorre em situações de esforço físico, estresse, frio, traumas, desidratação, infecções, entre outros. Nesse formato, os glóbulos vermelhos não oxigenam o organismo de maneira satisfatória, porque têm dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos, causando má circulação em quase todo o corpo.
As manifestações clínicas da doença falciforme podem afetar, assim, quase todos os órgãos e sistemas, ocorrendo a partir do primeiro ano e se estendendo por toda vida. As principais incluem: crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, crise de sequestração esplênica, acidente vascular encefálico, priaprismo, síndrome torácica aguda, crise aplásica, ulcerações, osteonecrose, complicações renais, oculares, dentre outras, incluindo complicações tardias relacionadas à sobrecarga de ferro secundária às transfusões.