Pode ser coincidência, mas na mesma semana em que Arthur Aguiar fez propaganda de uma click farm, que realiza compra de engajamento, seguidores, curtidas e comentários nas redes sociais, a empresa Meta, dona do Facebook e do Instagram, abriu processo contra duas empresas brasileiras do gênero (e os acionistas delas) na 2ª Vara Empresarial de São Paulo.
O motivo: MGM Marketing Digital e Igoo Networks estariam vendendo seguidores, curtidas e visualizações na rede social. Exatamente o que promoveu o ex-BBB, que teve o post delatado por ser uma infração das diretrizes do Instagram.
É a primeira vez que a Meta realiza essa ofensiva no Brasil.
Os serviços simulam engajamento inverídico para usuários e contraria os termos de uso da plataforma. A Meta defende ainda que leis nacionais de proteção a softwares e propriedade intelectual também estariam sendo infringidas.
A ação pede que o Judiciário impeça esse tipo de atividade no país.
Além das duas empresas ajuizadas, outras 40 também foram notificadas extrajudicialmente pela Meta, por motivos semelhantes, e serão processadas se não cessarem a oferta desse tipo de serviço.
As fazendas de clique têm crescido exponencialmente no Brasil, segundo pesquisadores, pois o país têm uma alta demanda de influenciadores (ou aspirantes a) e um discurso de renda fácil e rápida bastante apelativo dentro do contexto de altos índices de desemprego. Mas a realidade é muito diferente do anunciado.
Como o "Faturando com o Insta" divulgado por Arthur Aguiar também foi propagandeada por outros influencers, muitas pessoas contrataram o serviço, que rapidamente se tornou foco de várias queixas e acusações no Reclame Aqui.
Sério gente, ele não tem nenhum amigo pra avisar? pic.twitter.com/gQOTrF6Qmq
— Central Reality (@centralreality) August 10, 2022