O ator Jim Carrey queria ver Will Smith expulso do Oscar após dar um tapa em Chris Rock durante a premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no domingo (27/3). Chris Rock não prestou queixa na polícia para não aumentar a repercussão do caso, que iniciou com uma piada dele sobre a careca de Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith e vítima de uma doença autoimune.
Em uma entrevista exibida nesta terça (29/3) no programa "CBS Mornings" para promover "Sonic: O Filme 2", Carrey disse que Smith deveria enfrentar consequências drásticas por agredir um colega de profissão por uma piada.
Não só Smith não foi expulso do evento, mas foi aplaudido de pé logo depois, quando ganhou o Oscar de melhor ator por "King Richard". Atualmente, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas realiza uma revisão formal de tudo o que aconteceu para decidir se aplicará ou não alguma punição.
Carrey disse que estava "enojado" com toda a situação, que incluiu os aplausos. Após a apresentadora do programa Gayle King comentar que qualquer outra pessoa teria sido pelo menos tirada do evento e talvez presa, Carrey respondeu: "Ele deveria ter sido".
Afirmando não ter nada pessoal contra Smith, Carrey disse que entendia porque Chris Rock preferiu não ter o "incômodo" de estender a situação na Justiça, mas, se fosse ele, lidaria com tudo de outra forma.
"Eu teria anunciado nesta manhã que estava processando Will em US$ 200 milhões porque aquele vídeo ficará lá [na internet] para sempre. Vai ser onipresente", disse Carrey. "Esse insulto vai durar muito tempo."
Além do grave dano à própria reputação de Smith, Carrey disse que a falta de ação dos presentes enviou uma mensagem clara sobre a indústria hoje.
"Hollywood é simplesmente covardia em massa, e realmente senti que isso é uma indicação muito clara de que não somos mais um clube legal", concluiu Carrey.
Veja o vídeo completo da entrevista abaixo.