J.K. Rowling é removida do Museu de Cultura Pop após falas transfóbicas

8 ago 2023 - 16h10
Foto: Divulgação/Debra Hurford Brown / Pipoca Moderna

J.K. Rowling foi removida do espaço dedicado à história de "Harry Potter" no Museu de Cultura Pop, localizado em Seattle, nos Estados Unidos. Essa não é a primeira retaliação sofrida pela autora por conta de suas falas transfóbicas.

Segundo a gerente de projetos Chris Moore, o espaço decidiu retirar o nome e as imagens da autora para dar espaço para outros envolvidos no mundo bruxo. "Você verá os artefatos sem nenhuma menção ou imagem da autora", afirmou no blog oficial do Museu.

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"Afinal, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint são aliados incrivelmente vocais (da comunidade LGBT). Devemos esquecer o trabalho deles agora que a autora original é terrível? Não estou nem falando em 'separar a arte do artista', mas sim em dar o devido crédito."

Moore falou sobre ter sido afetado pelo discurso de Rownling, já que se identifica como um homem trans. Ele ainda destaca que perdeu o encanto por "Harry Potter", uma de suas séries favoritas de livros.

"'Harry Potter' foi publicado pela primeira vez em 1997 e comecei a lê-lo em 1998, quando foi lançado no mercado americano. Vou ser fiel a mim mesmo dizendo que estava meio que esperando minha própria coruja depois de ler o primeiro livro. Quando eu era criança, os temas superficiais em Harry Potter de aceitação dos outros e de proteção das pessoas contra maus-tratos eram incrivelmente atraentes para mim."

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Não para por aí!

Chris Moore também revelou que a autora e sua equipe teriam perseguido Jessie Earl, uma das ex-editoras de vídeo do MoPOP que demonstrou apoio financeiro para fãs trans da saga de "Harry Potter".

"Há uma certa entidade fria, sem coração e sugadora de alegria no mundo de Harry Potter e, desta vez, não é realmente um dementador. Adoraríamos seguir a teoria da Internet de que esses livros foram realmente escritos sem um autor, mas essa certa pessoa é um pouco vocal demais com suas visões super odiosas e divisivas para serem ignoradas."

Por fim, Moore falou sobre o livro "Sangue Revolto" (Troubled Blood), no qual a autora retrata uma travesti assassina como a grande vilã. "Acaba sendo um romance inteiro de táticas de susto transfóbicas veladas", ele opinou.

"Estaremos sempre buscando melhorias. Não somos perfeitos nessa prática, mas é por isso que se chama prática", completou o comunicado do Museu de Cultura Pop.

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