Jornalista da TV Globo morre aos 62 anos após luta contra câncer no pâncreas

Com uma longa carreira no Sul gaúcho, ela foi a primeira apresentadora negra a comandar um telejornal no Rio Grande do Sul

26 out 2024 - 10h40
(atualizado às 11h23)
Julieta Amaral morreu aos 62 anos
Julieta Amaral morreu aos 62 anos
Foto: Divulgação

A jornalista da TV Globo Julieta Amaral morreu na noite desta sexta-feira, 25, aos 62 anos. Primeira apresentadora negra de um telejornal do Rio Grande do Sul, ela lutava contra um câncer no pâncreas há pelo menos três anos.

Bastante agressiva, a doença fez com que Julieta precisasse realizar tratamento no setor oncológico do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS). 

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À CNN, a família da jornalista afirmou que o quadro de saúde de Julieta sofreu complicações nos últimos dias e, por conta disso, ela não sobreviveu. 

Nascida em 8 de outubro de 1962, Julieta Amaral teve uma carreira com 40 anos de atuação no jornalismo. Recebeu inúmeros prêmios e reconhecimentos e ocupou cargos de repórter, apresentadora e coordenadora.

Entre as coberturas mais importantes em que esteve presente está a do acidente com o navio de grande porte transportando 12 mil toneladas de ácido sulfúrico no Porto de Rio Grande, em 1998.

O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) lamentaram a morte da comunicadora e a classificaram como "uma das maiores referências de jornalismo feminino no interior do Rio Grande do Sul e, com certeza, um dos pilares e principais referências como uma mulher negra que fez história por cerca de 40 anos de profissão", diz trecho da nota conjunta.

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Julieta passou por veículos como o Jornal Agora, tradicional impresso rio-grandino, e consolidou sua carreira como repórter, apresentadora e coordenadora de jornalismo na RBS TV, afiliada da TV Globo no Estado.  

"Julieta era fonte de inspiração para meninas de todas as idades, para homens e mulheres negros que viam nela a luz de que era possível alcançar espaços, que até então, eram incomuns. Para toda uma comunidade, Julieta era sinônimo de jornalismo sério e profissional. Um símbolo de que, com o microfone em mãos, era possível transformar o mundo em um lugar melhor", continuaram as entidades que representam jornalistas.

Julieta Amaral deixa esposo e filha. O sepultamento ocorre neste sábado, 26, às 15h30.

Fonte: Redação Terra
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