Juíza cita 'destruição de famílias' ao decretar prisão de Gusttavo Lima no caso das bets

Operação Integration é a mesma que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra

23 set 2024 - 17h16
(atualizado às 18h39)
Antes de ter prisão decretada, Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio e assistiu a show de Akon
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A juíza Andrea da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, apontou o impacto da destruição das famílias devido aos jogos de azar, na decisão em que decreta a prisão do cantor Gusttavo Lima. O artista é um dos alvos da Operação Integration, que mira um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets.

"O jogo do bicho, assim como outros jogos de azar, tem um efeito devastador sobre as famílias, atingindo de forma mais cruel a classe trabalhadora, que se vê presa em ciclos de endividamento e desespero", destacou a magistrada. 

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Na decisão, a juíza do TJ-PE também destacou que as práticas de apostas "corróem o tecido social" e fomentam a desigualdade e a destruição de famílias.

Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima
Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima
Foto: Reprodução/Instagram/Gusttavo Lima

A Operação Integration é a mesma que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra no início deste mês. Diante das investigações, Andrea da Cruz reforçou que o Poder Judiciário precisa de coragem para enfrentar "interesses obscuros" e agir em prol do bem comum, sem se deixar influenciar pelo poder econômico ou status social dos investigados.

Em comunicado enviado ao Terra, a defesa de Gusttavo Lima chamou a decisão que decreta a prisão do cantor de “injusta e sem fundamentos legais” e afirmou que não medirá esforços para provar a inocência do sertanejo.

Decisão que decreta prisão de Gusttavo Lima

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A magistrada acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco. O Ministério Público de Pernambuco, na sexta-feira, 20, teria pedido a substituição de prisões preventivas por outras medidas cautelares, mas a juíza rejeitou estes argumentos.

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"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", escreveu a juíza, no documento.

Em meio às investigações, a Polícia Civil afirma que por meio da Esportes da Sorte, uma das empresas investigadas na Operação Integration, o esquema usaria a Balada Eventos -- empresa em que Gusttavo Lima é sócio -- e outras duas empresas para lavagem de dinheiro. 

A Justiça de Pernambuco já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens dessa empresa do cantor. Em resposta à movimentação, Gusttavo Lima, na última semana, afirmou nas redes sociais que "a Balada Eventos foi inserida no âmbito da operação simplesmente por ter transacionado comercialmente com essas empresas investigadas" e disse ter ocorrido excesso por parte da autoridade.

Fonte: Redação Terra
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