A atriz Luana Piovani contou sobre sua experiência na Globo, que a traumatizou, e como enfrentou assédio e a importância da terapia.
A atriz Luana Piovani disse que ficou "traumatizada" após estrear na Globo, aos 16 anos, na minissérie Sex Appeal (1993), e por isso mandou a emissora ir "à merda".
"Comecei a trabalhar como modelo aos 14 [anos], com 15 fui para o Japão, com 16 virei protagonista na Globo, na minissérie Sex Appeal, me traumatizei, mandei todo mundo à merda, inclusive, a Globo, voltei para São Paulo", disse ela durante sua participação no podcast PodDelas, da última quinta-feira, 22.
A artista disse que gostaria de ser bem tratada pela emissora carioca. "Falei [para a direção da emissora]: 'quero voltar a morar na minha casa, ser bem tratada, ganhar bem e viajar o mundo. Essa bosta que vocês me deram não tá dando certo não. Sei que o pessoal está apaixonado, só pensa nisso, inclusive não sei até agora por que o povo fica todo mundo aqui babando na porta dessa empresa, mas não é isso que eu quero'", contou.
Depois de voltar para a sua casa, Luana viajou para outros países, como a Suíça, e voltou a fazer participações esporádicas na emissora. "Como já tinha ficado famosa, de vez em quando eles [a Globo] me chamavam: 'Ah, faz aqui um Você Decide', eu ia lá e fazia; 'faz aqui uma participação na novela', ia lá e fazia. Isso com 17 anos. Aí [depois] fiz [a novela] Quatro por Quatro (1995)", revelou.
A atriz também contou que sofreu assédio no trabalho. Na época, ela tinha 21 anos e ele, 80. Segundo o relato, um diretor pediu para ela sentar no colo dele, mas ela não sentou. A artista destacou que esse pode ter sido o motivo pelo qual foi retirada do elenco da novela Anjo Mau (1997).
Na mesma entrevista, Luana reafirmou importância da terapia em sua vida. "A vida é feita de escolhas e quanto antes a gente começa a fazer as melhores escolhas, melhor vai ficando a vida da gente. E eu, graças a Deus, sempre ouvi muito a minha intuição", disse.
"Eu sai de São Paulo para o Rio de Janeiro aos 19 anos. Cheguei no Rio e pensei: 'larguei minha família, amigos, mudei de cidade, estou vindo começar um serviço que eu não sei exatamente se sei e quero fazer'. O sucesso e o fracasso [estão alinhados]. [Pensei:] 'Acho que vou começar a fazer terapia porque vai me dar um fortalecimento interior, que vai me dar força para segurar tudo o que parece que vem por aí'. Foi isso que girou minha chave, eu espertamente fui para terapia, e terapia são asas. Você descobre quais ferramentas você tem e aprende a usá-las", completou.