A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fizeram uma operação para recolher macacos da apresentadora Nicole Bahls nesta quarta-feira, 18.
Ela usou as redes sociais para explicar a situação e relatar que os documentos para regularização da situação dos animais junto aos órgãos de fiscalização eram falsificados.
"Ontem teve uma operação aqui em casa da Polícia Federal e do Ibama, para ver os documentos da Mikal e do Davi [os macacos]. [...] Agora o Ibama vai fazer um trabalho de reabilitação para eles voltaram para o habitat natural deles, e eu vou colaborar para que isso aconteça da melhor forma possível", disse nos stories do Instagram.
Nicole contou ter ficado com os macacos por 90 dias e se disse "arrasada". Segundo a apresentadora, ela havia criado um recinto ao ar livre para que os animais pudessem viver em meio à natureza.
A influenciadora pediu, ainda, para que as pessoas não comprem animais silvestres. "A Taciane do Ibama [agente do instituto] explicou que a gente, que está na mídia, publica os 'macaquinhos' e acaba incentivando milhares de pessoas a comprarem", afirmou.
Ela ainda relatou que a agente descreveu como animais de origem ilegal são retirados da natureza. "Para pegar o 'bebezinho', eles vão para a selva, matam as mães e tiram os 'macaquinhos' das mães e, às vezes, colocam em caixas de papelão para venderem na feira", disse, emocionada.
Nicole finalizou pedindo para que os seguidores "não errem como ela errou". "Mesmo sendo autorizado, eu não sou a favor da compra de animais silvestres. [...] Eu tomei conhecimento das coisas que acontecem, da luta do pessoal do Ibama (sic) junto da Polícia Federal. [...] E rezem para que Davi e Mikal consigam aprender a sobreviver no habitat natural", afirmou.
Ibama informou que apresentadora foi autuada e responsável pela venda foi presa
Em nota enviada ao Estadão, o Ibama informou que Nicole foi autuada por "manter espécimes silvestres em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente".
Uma estudante de veterinária, responsável pela venda dos macacos, foi presa por falsificar documentos, manter os animais em cativeiro, expor à venda e também por praticar maus-tratos.
Segundo o instituto, os animais serão reabilitados para viverem novamente na natureza. Caso haja dificuldade de adaptação, eles serão encaminhados para um mantenedor de fauna autorizado.
Leia a nota na íntegra:
"Durante apreensão na casa da influenciadora, em ação conjunta com a Polícia Federal, agentes ambientais constataram, por meio da leitura dos microchips e conferência das documentações dos dois animais, que os documentos eram falsificados.
Por ser a responsável pelos animais, a influenciadora foi autuada pelo Ibama por manter espécimes silvestres em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
A responsável pela venda dos macacos, uma estudante de veterinária, foi presa por falsificação de documento particular; manter em cativeiro, expor à venda, e praticar maus-tratos em animais da fauna silvestre.
A ação desenvolvida no âmbito da Polícia Federal resultou na apreensão de quatro macacos-prego e duas araras-canindé. Os animais serão reabilitados para que sejam inseridos novamente na natureza. Caso não seja possível, em razão de alguma dificuldade de adaptação, serão encaminhados para um mantenedor de fauna habilitado pelo órgão ambiental."