Mãe que perdeu filha em incêndio conta como seguiu em frente: ‘Perdoar foi a sementinha do renascimento’

Marido de Juliana Gava também morreu na ocasião

15 mai 2024 - 21h04
Juliana Gava espera o terceiro filho
Juliana Gava espera o terceiro filho
Foto: Reprodução/Instagram/Juliana Gava

O incêndio criminoso em um prédio residencial na cidade de Barbacena (MG), na madrugada do dia 15 de março de 2020, mudou a vida de Juliana Gava, administradora e hoje psicóloga em formação. No incidente, a mulher perdeu o companheiro, Thiago Faria, e a filha Helena, de 4 anos.

Agora, quatro anos depois, ela casou novamente e segue reconstruindo a vida ao lado do marido, Bonifácio Andrada, com quem tem um filho, também chamado de Bonifácio, e aguarda o nascimento da caçula, Maria Antonela. 

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Seguir em frente, no entanto, não foi uma missão fácil para Juliana. Em conversa com a Revista Crescer, a administradora destacou a importância de ter perdoado o responsável pelo incêndio fatal.

“Escolhi viver o amor que eles me ensinaram e não a dor, e perdoar foi a sementinha do meu renascimento. Desse dia em diante, uma paz muito grande invadiu meu coração. Sabia que, no céu, eu tinha dois fortes intercessores, e que eu não poderia ser a 'juíza' da vida desse homem. Então, liberei meu coração para que a justiça dos homens e a de Deus fosse feita”, disse à revista. 

Mãe perdeu a filha em incêndio criminoso
Foto: Reprodução/Instagram/Juliana Gava

Na época, um homem foi preso em flagrante e confessou o crime. Segundo a polícia, o rapaz ateou fogo no carro da ex-mulher por não ter aceitado o término do relacionamento.

Em uma atitude inesperada, em 2023, Juliana foi ao presídio e perdoou o responsável pelo incêndio. Para a mulher, o perdão foi o início de sua volta por cima.

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“Era uma pessoa que realmente estava doente. Sem dúvida, foi um momento difícil, mas eu sentia a presença de Deus o tempo todo. Saí de lá com o coração em paz, pronta para dar o primeiro passo para o meu renascimento”, explicou.

Grávida pela terceira vez, a administradora notou um fato curioso. Ela descobriu a gestação no dia 15 de março, mesma data em que perdeu a filha e o marido.

“Confesso que a ficha não caiu ainda. Anunciei a gravidez no dia 15 de março, dia que devolvi minha Helena para Deus e, por incrível que pareça, a data prevista do nascimento dela é a mesma da irmãzinha. Deus foi simplesmente perfeito, mostrando, mais uma vez, o seu amor pela minha vida. Aguardamos ansiosos a chegada dessa princesa!”, relatou à Crescer.

Com a experiência de quem enfrentou o luto, Juliana deu um conselho valioso para quem sofre com a perda de alguém querido.

“O que eu posso dizer para quem enfrenta o luto é: nunca perca a fé. Vivemos em uma sociedade que evitar falar sobre a morte, mas, a partir do momento em que a compreendemos, fica mais fácil aceitar”, completou.

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Fonte: Redação Terra
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