Aos 65 anos, a atriz Maitê Proença resolveu abrir o baú das memórias e o coração na peça O Pior de Mim, monólogo que escreveu e no qual expõe suas vulnerabilidades. O texto também caminha pelas relações que ela viveu, das mais belas às mais conturbadas.
"Já vivi inúmeras relações abusivas, no trabalho e no amor. No amor, tive medo de estar repetindo a história do passado. Na pior das situações, emagreci vários quilos, e para me livrar da pessoa que havia se instalado em minha casa, me calei por dois meses, não falei, não retruquei, não respondi a qualquer das provocações. Mas tinha pavor dele, e não fui grosseira nem agressiva no silêncio para não atiçá-lo", revelou a atriz, em entrevista à revista Quem.
Sem contar quem era a pessoa, Maitê apenas disse que a administração do prédio onde morava na ocasião foi avisada para não autorizar a entrada do indivíduo.
Monólogo de tragédias pessoais
No monólogo, dirigido por Rodrigo Portella, Maitê revisita tragédias pessoais, mas considera que suas experiências de vida ressoam na plateia.
"Assistindo à peça, cada um vai, sem perceber, passando a limpo os seus próprios momentos. E sem dor. Sem que seja de forma pesada", destacou.
Na mesma entrevista, ela também rejeitou o rótulo de bissexual. "Me considero livre! Não colocarei uma tarja na cabeça, o mundo que o faça se precisar disso. Sou livre, bem livre", afirmou.
A atriz também não revelou se está em algum relacionamento, e se limitou a dizer que é "viciada em paixão".
"Sou viciada em paixão, ela motiva e encanta", acrescentou.
A peça O Pior de Mim está em cartaz até 27 de agosto no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro